16/06/2008
As condições de saúde e qualidade de vida têm melhorado de forma contínua e sustentada no último século. Estudos de diferentes autores e os relatórios sobre a saúde mundial e da região das Américas são conclusivos a respeito. No Brasil, em 1980 a população com 60 anos ou mais representava 6,3% da população geral, número que em 2025 se aproximará dos 14%, representando uma das maiores populações idosas do mundo. O aumento da expectativa de vida é um dos indícios de melhora da qualidade da saúde geral da população.
Nos dias atuais, o conceito de saúde engloba ações no que diz respeito à promoção da saúde, prevenção das doenças e seu tratamento.
Promoção, modernamente, significa apropriar-se da importância dos determinantes das condições de saúde. Estas estão intimamente relacionadas com a qualidade de vida, alimentação, nutrição, educação, habitação, saneamento, recreação e condições agradáveis no lar e no trabalho, estilo de vida responsável e um espectro adequado de cuidados de saúde. Trata-se, portanto, de um enfoque da promoção da saúde centrado no indivíduo, com projeção para a família e a sociedade que faz parte. É a expressão maior da Educação em Saúde.
A prevenção consiste em estabelecer estratégias que resultem em menor risco de adquirir ou controlar uma doença. O médico pode usar dados estatísticos e epidemiológicos de cada doença para obter melhor prevenção.
No caso de doenças contagiosas, por exemplo conjuntivite causada por vírus ou bactéria, a prevenção se faz através da proteção do indivíduo contra agentes patológicos e ou estabelecimento de barreiras contra os agentes nocivos. A educação em saúde é fundamental para esse objetivo.
Em relação às doenças não contagiosas, educação continuada, mudanças de hábitos e condutas que minimizem os fatores de riscos (ex: stress, tabagismo), ações específicas de prevenção e controle baseadas em dados epidemiológicos e científicos resultam em menor mortalidade e incapacidade. Podemos citar como exemplo as doenças cardiovasculares; o câncer, particularmente o cérvico-uterino e o de mama em mulheres e de estômago e pulmão nos homens; o Diabetes Mellitus e o glaucoma. Estas duas últimas, as principais causas de cegueira irreversível, porém detectáveis e passíveis de tratamento através de exame oftalmológico periódico.
O avanço tecnológico utilizado pela medicina associado ao alto conhecimento científico das doenças e a medicina preventiva permitem que o médico tenha condições de estabelecer diagnósticos cada vez mais precoces, conseqüentemente tratamentos mais eficazes e maiores índices de cura.
Consultas médicas de rotina, exames periódicos e o aconselhamento para a saúde no contato entre o médico e o paciente, com extensão ao resto da família, são essenciais para a promoção da saúde e prevenção das doenças.