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Cotidiano & Psicologia

Diferença entre Tristeza e Depressão Infanto-juvenil por Lucia Amaral

11/08/2022



Entre os transtornos psicológicos estudados na Infância e Adolescência, a depressão tem suscitado crescente interesse, principalmente pelos sintomas evidentes nessas faixas etárias no desenvolvimento emocional e a frequência com que se apresenta esse diagnóstico. 

Sentir tristeza, em qualquer idade, é normal, mas se isso perdura por muitas semanas pode ser algo mais grave como depressão. Se a criança fica triste por um período muito longo, os país devem ficar alertas. Pode parecer estranho falar em depressão na infância, mas ela acomete até mesmo os pequenos, em idade pré-escolar. A depressão na Infância apresenta sintomas como: irritabilidade, tristeza, choro fácil, desânimo, mudança no padrão do sono (quer dormir demais ou não sente sono), diminuição ou aumento do apetite, pensamentos ruins. A criança fica bem apática, não quer mais brincar, fica quieta num canto e desinteressada. Esse quadro persistente influencia a rotina da criança por mais que os pais ou o ambiente escolar se esforcem em diverti-la ou tirá-la da letargia. 

A boa notícia é que existe tratamento, com sessões de psicoterapia juntamente com medicação, segundo recomendação médica, mais atividades físicas e recreativas. Nessa fase, a criança precisa do apoio e respeito familiar e escolar, não recriminando-a nem forçando-a a realizar atividades que são consideradas normais para outras crianças – ela pode não querer participar de um jogo ou de um passeio, por exemplo. Um episódio depressivo na infância dura em média dez meses e cerca de 90% das crianças ficam bem, após o tratamento. 

Da mesma forma os adolescentes também estão suscetíveis a depressão, especialmente as meninas, numa proporção de três para um em relação aos meninos. Os sintomas são semelhantes aos dos adultos - perda de interesse de atividades anteriormente prazerosas, dificuldade de atenção, instabilidade de humor, irritabilidade, tristeza, choro fácil, aumento da necessidade de sono ou apetite, inquietação ou letargia, apatia. O tratamento é feito com sessões de psicoterapia e, em alguns casos, com a associação de medicamentos, juntamente com atividades físicas, que apresentam resultados muito satisfatórios.      

Foto:  Imagem de Shlomaster por Pixabay 


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Lucia Amaral

Lucia Amaral, psicóloga e psicanalista. Apresenta formação acadêmica com especialidade no Instituto Sedes Sapientiae, experiência no Hospital das Clínicas de São Paulo e atendimento clínico em consultório há 30 anos. De acordo com o mestre Freud, considera que a psicanálise é, em sua essência, a cura pelo amor.  @psicologa.luciaamaral  E-mail: luciamariaamaral@yahoo.com.br

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