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A ligação do Solstício com o Natal

30/11/2023


Um pouco de Astronomia

Por conta do jeito que a Terra faz a sua órbita, o solstício representa o posicionamento da Terra em relação ao Sol em seu limite máximo, isto é, quando o Sol fica em seu auge, ao norte ou ao sul. Essa maior declinação do Sol em relação à Linha do Equador tem como consequência a maior iluminação de um dos hemisférios. Esse fenômeno ocorre em dois momentos do ano, em junho e em dezembro.

Em dezembro, por volta do dia 21, ocorre o solstício de inverno para o Hemisfério Norte. Há menos luz solar, os dias são mais curtos e as noites mais longas, marcando a chegada do inverno.

Um pouco de Mitologia

É sabido que a grande maioria dos rituais, celebrações e festividades humanas estão diretamente ligadas às estações do ano.

Então qual é a ligação entre o Natal que conhecemos e o Solstício?

Boa parte da resposta a essa pergunta se refere a uma celebração romana: a Saturnália, o rito com o qual o inverno era recebido no Império Romano.

Saturno era o deus do tempo, da agricultura e das coisas sobrenaturais. Como os dias encurtavam, ficavam mais escuros e de alguma forma a Terra “morria”, era necessário que o deus do tempo e da comida ficasse feliz.

A Saturnália então era um festival realizado pelos romanos antigos para celebrar o que chamavam de "renascimento" do ano, para marcar o solstício de inverno no calendário juliano, celebrado em 25 de dezembro.

"A escolha de 25 de dezembro como a data do nascimento de Jesus não tem nada a ver com a Bíblia; foi uma escolha bastante consciente e explícita de usar o solstício de inverno para simbolizar o papel de Cristo como a luz do mundo", diz Diarmaid MacCulloch, professor de história da Igreja na Universidade de Oxford, no Reino Unido, à BBC News Mundo.

Como parte das festividades, os romanos trocavam presentes: velas, chinelos de lã, chapéus e até meias. E o faziam entre famílias, enquanto os escravos desfrutavam de tempo livre.

Além da festa da Saturnália, os romanos tinham outra celebração importante: o nascimento do "Sol Invicto (ou não conquistado)" (Natalis Solis Invicti),  deus oficial do Império Romano e posteriormente um patrono dos soldados, celebrado todo dia 25 de dezembro. Segundo diversos documentos dos tempos romanos, a historiadora Marguerite Johnson, da Universidade de Newcastle, na Austrália, diz assim:

"No almanaque do século 4, o Calendário de Filocalus, é mencionado uma celebração do Invictus em 25 de dezembro, que é provavelmente uma referência ao 'Sol Invicto'", diz Johnson. "Nesse documento é encontrada a primeira menção que 25 de dezembro é o nascimento de Jesus. À medida que o cristianismo se tornou mais arraigado no mundo romano e a antiga religião politeísta ficou para trás, os cristãos se adaptaram a esses ritos estabelecidos e os tornaram seus", observa Johnson.

Nos Celtas

Outra corrente formadora da festa natalina é a cultura Celta. Nela, a “Roda do Ano” marca oito celebrações que fazem relação com as estações do ano e com a posição do planeta em relação ao sol. São nessas datas que acontecem os rituais mais importantes.

Yule

Celebrado a partir do dia 21 de dezembro, o Yule é um ritual de grande importância na Europa pré-Cristã. É a primeira festa sazonal comemorada pelas tribos neolíticas do norte da Europa, considerado o início da roda do ano por muitas tradições pagãs. 

Alguns costumes foram absorvidos pela Igreja Católica. É daqui que vem a tradição das árvores de Natal e das guirlandas enfeitadas, por exemplo. Embora Yule seja o nome do solstício de inverno, originalmente é um tronco de árvore, possivelmente parecido com um tipo de pinheiro. 

Yule é o momento na Roda do Ano no qual o Rei do Azevinho (Senhor das Sombras) é vencido pelo Rei do Carvalho (o Rei do Sol, a Criança da Promessa). que chega. 

As tradições cristãs dizem que Maria deu à Luz Jesus no vigésimo quinto dia, mas não confirmam de qual mês. Foi só no século 4 que a Igreja Católica decidiu marcar o nascimento de Cristo em dezembro. O Nascimento de uma entidade divina no Solstício de Inverno não é exclusivo do Catolicismo, pois muitos “bebês divinos” nasceram nesta época, em diversas mitologias. Mitra, por exemplo, de origem indo-iraniana e curiosamente tido como um grande rival do cristianismo primitivo no império romano, tem seu nascimento atrelado ao solstício de inverno.

Yule é um convite festivo para que no dia mais escuro do ano se celebre a vinda de dias mais claros, com a luz interna que o tempo externo favorece.

Acompanhe outros mitos e curiosidades na próxima semana!


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