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Depois do Carbono, Plástico zero

02/06/2023


 Mauricio Orth

175 países estão reunidos na sede da Unesco, em Paris, desde segunda-feira (29/05) até sexta (02/06) para negociarem um acordo multilateral sobre a redução de resíduos plásticos no mundo.

Atualmente geramos uma quantidade de lixo plástico por ano cujo peso equivale ao de 35 mil torres Eiffel, ou 350 milhões de toneladas, segundo dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Se nada for feito, este número irá triplicar até 2060. Pesado não? Mas o pior é o que é leve e você não vê: 

Chuva de plástico que cai sem parar

Como o plástico é difícil de degradar, ele vai se fragmentando em micropartículas. Elas  também podem ser intencionalmente produzidas, como no caso das pequenas esferas contidas em produtos esfoliantes e cremes dentais, para dar aquele toque “abrasivo”.

Segundo os cálculos da The Plastic Forecast, projeto australiano que combina previsão meteorológica com informações sobre a dinâmica de micropartículas de plástico dispersas na atmosfera, Paris deve receber pelo ar durante os cinco dias do evento, 200 quilos de plástico(!).  A ideia é ampliar este serviço de "previsão de chuva de plástico" para outras cidades.

O microplástico já se encontra no ar que respiramos, nos alimentos que consumimos e na água que bebemos: cada ser humano ingere entre 74 mil a 121 mil partículas de microplástico por ano. 

De onde vem?

Plástico é feito geralmente, de petróleo e gás, “natural”, tem uma cadeia produtiva que envolve algumas das maiores corporações do mundo e é um dos maiores poluidores do planeta. O Brasil não vai bem aqui: é o quarto lugar como gerador desse tipo de resíduo e tem apenas 1,2% reciclado. 

Voltando ao encontro em Paris, a diminuição do problema pode ser alcançada por meio de três mudanças: a reutilização, a reciclagem e a reorientação e diversificação de materiais.

Pensando globalmente, agindo localmente

Enquanto o mundo pensa, mãos à obra:

Aqui em Cotia, teve a Escola Municipal Samuel da Silva Filho, localizada no bairro Mirante da Mata, que arrecadou quase 38.500 mil tampinhas plásticas em prol de crianças com câncer. Três meses de mobilização para arrecadar com alunos, pais, responsáveis, professores e demais colaboradores. Se mobilizaram para entregar ao Projeto Tampinhas que Curam que reverte o valor com a venda das tampinhas para o tratamento de crianças com câncer.

Na Ecofeira, que acontece todo domingo no Parque Teresa Maia, o Site da Granja conversou com Isabela Menezes, integrante do Transition Town e dona da excelente “Simplesmente Kombucha”, além de administradora da Feira e das coletas:

“Os lacres de lata vão para castração de animais junto com o pessoal do Sala Verde, de Carapicuíba.

O blister, que é aquela cartela de remédios de alumínio, vai para faculdade de medicina do Hospital das Clínicas, através da Dra Andrea Ferraz de Arruda, ortopedista, moradora da Granja Viana e cliente da Ecofeira.

Guarda-chuva, quebrado ou completo, a gente dá para o pessoal do Trama Afetiva , que é uma galera que trabalha com morador de rua, um projeto super lindo... é isso que a gente recicla!

As tampinhas é o que mais recebemos. Às vezes chegam pessoas com grandes quantidades de tampinhas, acionamos a Marise ou o Felipe.

“A ideia é essa consciência que tudo isso é recurso e tudo isso precisa voltar de alguma maneira a circular e não ser descartado.”

Finaliza Isabela.

Siga as tampinhas!

Cotia já tem um pouco desse caminho: o “Felipe” que a Isabela comentou acima é o Felipe Cazé, da Arte 08 Reciclagem que tem junto com a Precious Plastic Cotia  uma parceria que, multiplicada, pode ajudar muito. A “Marise” é Marise Uemura, a empreendedora na Precious Plastic Cotia, além de PhD em Administração FEAUSP,  Prof. de Empreendedorismo e  Dir. das Ongs Sociedade Ecológica Amigos do Embu e Âncora. Marise recebe as tampinhas da Ecofeira e as transforma em placas, passando para o Felipe.

Felipe informa: “Agora estamos na Rua Monte Alegre, 476. também recebo plástico in loco sim, toda sexta feira. Mas incentivo as pessoas a doarem pra instituições das quais eu conheço as tampinhas, como a Apae ONG Cisne  e Cleópatra Proteção Animal, assim posso continuar comprando o plástico das instituições, pois pago o triplo do mercado, para ajudar.” Felipe faz um lindo mobiliário e acessórios. hoje trabalha com projetos especiais, mas está procurando parcerias aqui na Granja para poder expor e vender.

Mas como Felipe transforma o plástico? Com que maquinário?

Com uma trituradora, uma injetora, uma extrusora e uma prensa, você faz diversos produtos com plástico reciclado. Marise espera que mais pessoas tenham este maquinário: “A comunidade Precious Plastic contempla projetos em código aberto (qualquer um pode fazer as máquinas), incentivando a entrada de novos empreendedores. Aos poucos a rede local está sendo ampliada”.

E continua: “Estou trabalhando fortemente com outras pessoas para implementar aqui em Cotia, em uma associação de moradores, uma unidade destas. Assim, as pessoas poderão aprender a coletar, tratar, produzir e vender. É geração de trabalho e renda!" conclui.


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