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O que dizem os especialistas sobre o prazo de isolamento para quem está com covid?

17/01/2022


Desde que o Ministério da Saúde mudou os critérios de quarentena para  as pessoas com teste positivo de Covid-10, sintomáticos ou não, muitas dúvidas surgiram. E muitas divergências, uma vez que profissionais de saúde não têm opinião formada sobre os novos protocolos ou ainda questionam os critérios adotados pelo Ministério. 

Manter a pessoa infectada fora do convívio da sociedade é uma medida adotada desde o início da pandemia que segue pesquisas sobre o tempo que o paciente pode transmitir a doença.  Mas o Ministério da Saúde diz que os pacientes com caso leve ou moderado de covid-19 seguirão agora novos protocolos de isolamento.

Pelas novas recomendações do ministério, foram previstos três intervalos diferentes para o isolamento dos infectados. Os tempos passam a contar do início dos sintomas, e não da obtenção do resultado do exame positivo, conforme segue: 

Isolamento de 5 dias

A pessoa só poderá sair do isolamento nesse prazo se no fim do quinto dia:

- Não estiver com sintomas respiratórios nem febre há pelo menos 24 horas;

- Não tiver utilizado antitérmicos há pelo menos 24 horas;

- Testar negativo com exames de PCR ou antígeno;

Mesmo se a pessoa testar negativo, é indicado continuar adotando medidas adicionais, como trabalhar de casa se puder, usar máscara em locais com pessoas. Se o indivíduo testar positivo, é necessário manter o isolamento até o décimo dia.

Isolamento de 7 dias

Ao fim de 7 dias, é possível sair do isolamento sem teste se o paciente:

- Não estiver com sintomas respiratórios nem febre por pelo menos 24 horas;

- Não tiver tomado antitérmico há pelo menos 24 horas;

Se os sintomas respiratórios ou febre persistirem no sétimo dia, o indivíduo deve seguir outras orientações. Caso a pessoa teste negativo no sétimo dia, pode sair do isolamento, desde que o exame seja de PCR ou antígeno e desde que aguarde 24 horas sem sintomas respiratórios ou febre e sem uso de antitérmico.

Isolamento de 10 dias

Se o teste der positivo no sétimo dia, a pessoa deve manter o isolamento até o décimo dia. Para sair da quarentena no décimo dia é necessário:

- Estar sem sintomas respiratórios e sem febre por pelo menos 24 horas;

- Não ter utilizado antitérmico por pelo menos 24 horas.

Divergência falta de dados

O procedimento adota pelo Ministério da Saúde do Brasil é similar ao adotado nos Estados Unidos, onde os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) reduziram o tempo de isolamento recomendado de dez para cinco dias para assintomáticos após teste positivo para a Covid-19.

Por aqui, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) informou que, até o momento, não tem um posicionamento sobre o assunto. Especialistas apontam falta de dados para avaliar redução. E responder a essas dúvidas com base em critérios científicos mais robustos demanda tempo.

A médica infectologista Luana Araújo em depoimento à rede CNN Brasil, avaliou que faltam dados para realizar qualquer redução no prazo de isolamento de forma segura no contexto da variante Ômicron. Detectada em novembro de 2021 e classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma variante de preocupação, ela [a Ômicron] apresenta uma alta transmissibilidade. E o aumento dos casos no Brasil comprovam isso. 

“As características clínicas da Ômicron parecem ser um pouco diferentes das outras variantes. Ela tem uma proliferação em via respiratória alta e outros fatores que podem interferir no tempo de transmissão. Não temos dados concretos reais para dizer se cinco dias são suficientes para que a redução seja feita de forma segura. Exatamente por isso a decisão do CDC tem sido tão criticada, ela não tem uma base científica, tem uma base de necessidade econômica, de recursos humanos”, diz.

A opinião é compartilhada pelo presidente da Sociedade Paulista de Infectologia, Carlos Fortaleza. Em entrevista à CNN, Fortaleza afirmou que a medida “não faz sentido do ponto de vista científico”, já que o “pico da transmissibilidade acontece, justamente, entre o 5º e 6º dia após o diagnóstico positivo”.

“Liberar a pessoa neste período desde que use máscara não faz nenhum sentido, isso foi uma concessão do CDC, dos Estados Unidos, à pressão econômica. É importante lembrar que os Estados Unidos não são um bom exemplo no controle da Covid-19”, completou.

Para o infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Júlio Croda, também em entrevista à CNN, a alta transmissibilidade da variante Ômicron deve ser avaliada na tomada de decisão pelo Ministério da Saúde no Brasil.

“Talvez não seja o período ideal para reduzir para cinco dias de isolamento. Tudo tem que ser observado: o risco-benefício, o número de trabalhadores afastados e o CDC está levando em conta justamente isso, o impacto econômico desses afastamentos, principalmente em atividades essenciais”, disse Croda.

Para a pneumologista Margareth Dalcolmo, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, o tempo de isolamento deve ser o mesmo para pacientes sintomáticos e para aqueles que não apresentam sinais da doença.

“O ideal é o isolamento de sete dias para todo mundo, porque o critério de ter sintomas é muito subjetivo. Às vezes, as pessoas não dão importância aos sintomas. O mais seguro seria um isolamento de sete dias para todo caso confirmado de Covid-19”, diz.

A avaliação da redução no prazo de isolamento de pacientes assintomáticos também esbarra na comprovação científica de que o vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, também pode ser transmitido por pessoas que não têm sintomas da doença.

A infectologista Luana Araújo avalia que qualquer redução no prazo recomendado de isolamento de pacientes com a Covid-19 deve ser acompanhada de medidas de saúde pública, como a testagem e o acompanhamento do quadro clínico dos pacientes.

Para a especialista, a inconstância na divulgação das estatísticas da pandemia no Brasil pelo Ministério da Saúde, ampliada pelo apagão de dados da pasta, também aumenta o risco em relação à adoção de prazo mais curto de quarentena no país.

(Com informações da CNN Brasil)


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