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Cronista Crônico Papel, prepara-te para perder a virgindade

01/11/2006



Papel, prepara-te para perder a virgindade. Todos os dias, cada texto é como dar luz. Prepara-te para a dor, cada parto é natural. Olha, te prepara, serei escritor. Eu iria contar depois, mas quanto antes acostumes com minhas poucas vírgulas, parágrafos e exc!amações, é melhor. Já adianto desde agora a extinção da borracha, sei como sofre e não é o único. Não te assinarei jamais, saberás que sou eu nas entrelinhas. Agradeço de antemão a sua disposição sem relógio, já li muito sobre ti, tanto é que o ‘ti’ que usei agora nem é de meu feitio, é sim um chamego que bordei na sua sétima linha. Espero que não se importe com possíveis linguajares chulos, tens que entender que um ‘puta que o pariu’ bem dito às vezes é a melhor interjeição que a língua pátria pode oferecer. Espero que não se constranja com o silêncio, muitas vezes perco voz e dedo diante do espelho.

Papel, nem sempre serei sincero contigo como nessas últimas cinco palavras. Contarei mentiras, jurarei leviandades, inventarei histórias e apresentarei a falsa modéstia. Enfim, serei escritor. Conhecerá minhas incertezas, meu medo de mudanças e ouvirás calado meus devaneios. Declaro-te escravo sem alforria de minhas angústias, declaro-te pergaminho da anunciação. Esclarecendo títulos, apresento-me como cronista crônico. Pode ser doença, pode ser dom, pode ser esquisitice, pode ser fuga, pode ser porta ou labirinto, pode ser chave, pode ser saída, pode ser cadeia, pode ser cela e pode ser asa... Pode ser o que a gente quiser, menos rotina e embalagem para peixe.

Olho-te capa, contra-capa, verso e prosa e já foste palco de Mário Quintana, Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes e Clarice Lispector. Acolheste as redondilhas de Camões e se fez mar para Maiakovski. Já ouviu todas as palavras e seus respectivos sinônimos, conheceu os provérbios e viu a metáfora acontecer. É chão pisado, barro batido e céu aberto. Morada do saudosismo de amanhã e moradia nostálgica de ontem.

Dissimulado, dissimula o meu parto e me concebe a torta poesia da petulância de se aventurar como poeta. Inverte papéis, se faz de folha e me espera. Pergunto-me o que fazes aí em branco para mim, como se realmente fosse virgem, como se realmente fosse branco.


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