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Dicas do feriado A premissa de colônias que se rebelam ou aliam-se a seus colonizadores em tempos de guerra rendeu ao cinema alguns bons momentos

24/01/2008



A premissa de colônias que se rebelam ou aliam-se a seus colonizadores em tempos de guerra rendeu ao cinema alguns bons momentos. Se recentemente Dias de glória (Indigènes) decepcionou devido a seu aspecto demagogo e preguiçoso, o mesmo não se pode dizer de Na mira do inimigo (L’ennemi intime). Honesto, imparcial e cru, o filme retrata a complexidade da guerra da Algéria em busca de sua independência. Os atores franceses Benoît Magimel e Albert Dupontel destacam-se em interpretações seguras e corajosas. Nenhuma novidade, mas um filme de guerra bem feito e humano. Mais que o suficiente.

Em mais um daqueles roteiros prontos onde parece que a única modificação é a nomenclatura de seus personagens, surge uma pequena surpresa. Óbvio do começo ao fim, Justiça a qualquer preço (The flock) não tem nada de novo. Um entretenimento correto que deve agradar ao público pouco interessado em cinema, como Stephen King agrada àqueles pouco interessados em literatura. Aqui, o destaque vai para a excelente interpretação de Richard Gere, mais conhecido por papéis em filmes românticos como Uma linda mulher (Pretty woman) e Noiva em fuga (Runaway bride). Se em Chicago (idem) Gere havia demonstrado muito talento (que lhe rendeu o Globo de ouro), aqui, comprova-se uma certa versatilidade. Talvez Hollywood tenha deixado para descobrir este ator de forma tardia.

David Lynch corre perigo. O diretor mais excêntrico do cinema mundial pode estar próximo de perder seu posto para um japonês chamado Takashi Miike. Miike iniciou sua carreira em 1991 e em apenas 17 anos já acumulou mais de 70 filmes. E todos eles de qualidade técnica invejável. Pouco conhecido do público brasileiro, a loucura deste chocante diretor pode ser conferida em apenas cinco títulos disponíveis: Ligação perdida (One missed call), Morrer ou viver (D.O.A), Morrer ou viver 2 (D.O.A 2), Ichi – O assassino (Ichi – the killer) e A grande batalha Yokai (The great Yokai war). Para quem não teme violência e loucura a seu extremo, eu recomendo Morrer ou viver e Ichi – o assassino.


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