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Eleições - Representatividade popular Um consultório de atendimento psicológico é um lugar em que as pessoas vão buscar mais qualidade de vida, autoconhecimento, aprofundar a vida pessoal, transformar-se

02/10/2008



Um consultório de atendimento psicológico é um lugar em que as pessoas vão buscar mais qualidade de vida, autoconhecimento, aprofundar a vida pessoal, transformar-se. Os sonhos, assim, geralmente acompanham essa tendência de refletir aspectos da vida individual dos sonhadores.

Ocasionalmente, porém, surge um sonho que tem um significado não só pessoal, como também marcadamente coletivo. Jung falou sobre esses sonhos, e contou inúmeros casos em que eventos sociais, que envolviam milhares ou milhões de pessoas - como por exemplo a segunda guerra mundial - podiam ser antevistos em imagens vindas do inconsciente de seus pacientes muito tempo antes dos acontecimentos "reais" ocorrerem.

Nesta semana pude testemunhar um sonho assim. Vou omitir obviamente a identidade da sonhadora, que chamarei de X., bem como outros aspectos do sonho que não se relacionam especificamente ao que quero enfocar aqui. Com a autorização dessa paciente, quero narrar uma imagem desse sonho que faz emergir um aspecto coletivo da nossa democracia, e que acho muito importante.

A sonhadora é uma mulher muito inteligente, de trinta e poucos anos, jornalista, e que trabalha atualmente na campanha política de um dos candidatos à prefeitura de São Paulo. Ela tem uma exigência alta de si mesma em muitos aspectos, mas particularmente no que diz respeito à correção e postura ética na vida. A cada informação que obtém sobre si mesma ou sobre a vida, procura sinceramente crescer e aprender; e é nesse contexto que acredito que surge seu sonho. Aqui vai o fragmento que quero narrar:

X. está em um local em que há uma grande multidão, talvez um comício ou um evento político. Há muita gente presente nesse encontro. X. começa a observar mais atentamente as pessoas na multidão, e percebe que elas são meio gente meio animais - têm total aparência de seres humanos, mas comportam-se como animais no sentido de que não sabem pensar com a própria cabeça; seguem as ordens daqueles que estão nos palanques, sem questionar, como um rebanho sendo conduzido.

O impacto do sonho sobre a sonhadora foi grande; sobre mim também. Poucas vezes vi uma imagem tão expressiva do que é o comportamento social humano em situações de massa. Seja em uma campanha política, ou no consumo, ou ao produzir notícias, parece que temos uma tendência grave a nos comportarmos como autômatos, sem cabeça, sem posição, sem discernimento... abrimos mão de tudo isso para obter a sensação fácil de estarmos certos, porque todos "pensam" como nós (na verdade, não pensam, como nós não pensamos...). Tive a mesma sensação quando vi as multidões de americanos, logo depois do 11 de setembro, aplaudirem entusiasmadas os discursos do presidente Bush feitos logo nos dias subsequentes. Esses todos pareciam zumbis, sem a menor consciência do drama de ignorância que se desenrolava por ali, e que viria a culminar, entre outras coisas, na crise econômica que vivemos atualmente, apenas 7 anos depois. Entusiasmavam-se com palavras de ordem cívicas e guerreiras, onipotentes, histéricas. O futuro mostrou tudo isso.

Pois é assim que exercemos a "representatividade popular" nas nossas eleições. Pesquisas mostram que as pessoas gostam de votar em quem está ganhando. O segredo, então, é não começar na frente, para depois crescer e obter os votos entusiasmados de apoio de todos, para conseguir ganhar do outro. Pouco importa o programa de governo. Quem conseguir tomar as rédeas dessa psique coletiva anestesiada e inconsciente consegue o que quiser. O que vale mesmo é tocar nessas cordas ocultas que controlam os meio-homens que nos tornamos.

Há um livro que traz os escritos de Jung durante o período da segunda guerra mundial e logo após. Ele também se sente bestificado pelo desastre que uma multidão enfurecida e insuflada por pessoas emocionalmente polarizadas pode fazer. E tudo o que temos para fazer frente a isso é a nossa própria consciência e presença. Nada mais.

Sem diálogo, só há manipulação de massas e violência - escancarada ou sutil, mas violência, imposição de uns sobre outros. Passamos muito longe da democracia.


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