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Minha noite, teu dia Nas minhas mãos este celular, eu no escuro, na cama, escrevendo para seus olhos, sua mente

11/09/2012



Nas minhas mãos este celular, eu no escuro, na cama, escrevendo para seus olhos, sua mente. Me conectando com você, não quando escrevo, e sim quando você me lê.

Jogo minha garrafa ao mar, dentro dela essa mensagem. Minha alma, mente, ego, corpo... tem sede desta conexão para além das palavras, embora precisa delas aqui para que você me compreenda, me ouça ao me ler.

Algo como sentir que estou conectada com todas as pessoas que estão sobre a Terra, embora estejam muitos exatamente já chorando/morrendo/ sangrando/ sorrindo e dos meus olhos não saia água, meu corpo não esfria, nada me acontece...

Estou parada neste pequeno lugar que ocupo fisicamente e dentro da minha mente uma imensidão de possiblidades criadas pela minha imaginação. Poderosa ela, mas incapaz de juntar todos os fios que compõe meu tempo e por isso sei que no silêncio desta noite está sendo tecido o que irá me acontecer, sem que eu saiba.

Sim, acredito que faço escolhas, decido isso e aquilo, arranho a superfície da minha vidinha com meu livre arbítrio, mas as cartas estão sendo dadas lá onde meus olhos não alcançam.

O homem que baterá no meu carro está assistindo televisão neste domingo sossegado, e amanhã ele vai se levantar com precisão no minuto certo, que junto a todos os outros momentos corretos o levarão a não brecar o carro quando eu tiver brecado o meu. Vai bater atrás e não será grave, embora o tranco vá me assustar e por isso meia hora depois vou olhar com mais amor ainda para o rosto da minha filha.

Minha morte? Minhas doenças? Será meu fígado conversando com meu coração que sabe o dia em que eu não vou mais acordar?

Tanto acontece no invisível. Os videntes dizem que conhecem o buraco destas fechaduras e olham por ali.

Eu sussurro no seu ouvido que descobri que se debater contra o fluxo, a correnteza, é muito cansativo e que quando faço isso, descobri, é por medo.

Hoje estava na praia e ventava muito forte. Fiquei contra ele, folhas vinham na minha direção, cisco nos olhos, e uma luta para manter o equilíbrio. Quando desisti e virei de costas pude sentir a delícia do vento que me impulsionava para a frente.

Tão mais fácil ir para onde se deve, difícil é detectar o fluxo, virar o corpo e se largar... que tamanho de fé no caminho é necessário para isso!

Me afastei de você falando de mim? Quem sabe você está triste como tantas vezes eu fiquei. Ou tem dúvidas, medo...

Que vontade que dá de segurar então na sua mão, colocar meus dedos para escorregar de leve pelo seu cabelo.

Fecha teus olhos quando acabar de ler e se prepara para só ouvir. Escuta cada barulhinho, percebe quando você pensa, detecta as emoções que chegam...

Madame Meditação que te traz para este teu exato lugar que é também o meu exato lugar, te escrevendo agora no celular, na noite escura. Encontro do meu presente com o seu. Distantes no tempo, unidos por esse encontro mágico entre a escrita e a leitura.


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Afonso de Luca

Afonso de Luca
Artista Plástico

Nasceu na Cidade de São Paulo - SP. - Brasil, em 12/02/1954.
Começou a pintar em 1964.
Em 1969, viajou para a Europa, onde passou alguns anos.

site: www.fonthor.com

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