23/02/2006
Mais gostoso do que andar de avião é sair de um. Ainda mais depois de 12 horas de viagem. Encontrar as malas, passar pela alfândega, ajudar brasileiros perdidos e abraçar meu tio e minha tia que me esperavam com uma câmera fotográfica. Clichê, mas um clichê que eu nunca tinha vivido. A primeira sensação que eu senti aqui em Barcelona foi sono. Mas a fome foi maior. Maior até que o frio. Do aeroporto até o meu novo endereço foram alguns minutos ou quem sabe 1 hora, não sei. Se tem uma coisa que eu perdi foi a noção do tempo. Tudo parecia um filme sendo gravado sem que as pessoas percebessem. Tudo funcionado, tudo ficcional. Para aqueles que perguntam, essa foi minha primeira impressão.
Já no meu apartamento na calle Girona, 49, deixo as malas no meu quarto e tomo meu primeiro banho. Água quente para não dizer fervendo. Mas nem se percebia. Arrumo minhas coisas ou não. A fome não deixa. Saímos para comer e acabamos em um restaurante japonês. Sushi à la carte. Ensinei o chefe da cozinha a fazer um temaki. O resultado? Bom, um dia ele aprende. Depois conheci as águas gélidas do mar mediterrâneo. Uma praia gigante que se eu andasse até o fim chegaria em Portugal. 1000 quilômetros depois, é claro. Voltei para casa, já dormindo. Foi um dia longo, um passeio pelo fuso horário que não colabora comigo.