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Divã na Internet

Pedofilia - Crimes Cibernéticos Em artigo publicado anteriormente nesta coluna, comentamos sobre o lado nocivo da internet e, entre outras coisas, os prejuízos que pode eventualmente causar às crianças, alertando os pais sobre alguns cuidados e prevenções

11/09/2008



Em artigo publicado anteriormente nesta coluna, comentamos sobre o lado nocivo da internet e, entre outras coisas, os prejuízos que pode eventualmente causar às crianças, alertando os pais sobre alguns cuidados e prevenções. Para tratar desse tema, esteve no Brasil esta semana, a convite do portal Safernet (www.safernet.org.br), o Dr. Gilles Ouimet, psicólogo canadense especializado em crimes cibernéticos e que vem prestando consultoria nessa área em muitos países.
Não há intenção aqui em crucificar a rede, ou fazer dela bode expiatório do que há de mais perverso na alma humana, mas sim entender melhor o que se passa nessa seara, o comportamento de quem pratica o abuso e de quem o sofre.
O evento em questão nos deu muitas referências nesse sentido, aqui vão alguns flashes. A pedofilia, à qual se relaciona diretamente a pornografia infantil, define-se como um desvio sexual, no qual um adulto, quase sempre do sexo masculino, sente-se atraído por crianças ou pré-adolescentes, extravasando com eles seu erotismo, através de práticas obscenas. Essas práticas, que sempre existiram, têm encontrado na internet um canal muito fértil para sua atuação. Segundo o Dr. Ouimet e os especialistas da Safernet, o mecanismo de sedução virtual é muito parecido com a abordagem real. Começa geralmente em conversas no MSN, muitas vezes geradas a partir de algum contato em salas de bate-papo, em especial as dedicadas às crianças. O aliciamento segue um esquema gradualmente envolvente, no qual o aliciador não tem pressa em atingir seu objetivo - estabelecer o laço de confiança é o mais importante. Nas trocas de mensagens, costuma supervalorizar a vítima, fazendo-a sentir-se uma pessoal especial, diferente, muito amada, única. Segue-se uma troca de fotos (o adulto mostra-se como alguém de idade próxima da vítima), um convite para uma agência de modelos infantis onde o suposto amiguinho já teria feito publicidade, envio de fotos e desenhos de pornografia infantil para mostrar como “normal” esse tipo de “arte” entre as ciranças, seguido de vídeos, fotos e sites de pornografia adulta para seduzir e estimular desejos sexuais da vítima, cujas fotos que enviou são manipuladas para compor cenas de sexo e usadas posteriomente como objeto de chantagem para manter a criança atrelada ao agressor. A essas alturas, ele já a tem nas mãos, sabe tudo sobre ela: onde mora, com quem, onde estuda, telefone, tudo. Assim, ela acaba curvando-se aos pedidos do sujeito, sentindo-se intimidada a contar para os pais o que tem se passado, com medo de que as fotos sejam enviadas a eles, publicadas na rede, ou que o agressor ainda cumpra suas piores ameaças, judiar dela ou da família.
Casos extremos? Sim, sem dúvida, mas possíveis e reais, por isso o alerta. E abuso não está apenas nas mãos de um agressor. Quando se entra em sites de busca para uma pesquisa de imagens, por exemplo, tem de tudo e o apelo sexual é uma constante. Não há como evitar que as crianças vejam, mesmo que não busquem algo nesse sentido. Isso também é uma forma de abuso, não só na internet, mas na mídia como um todo; a erotização infantil é uma realidade, biológica, inclusive (as meninas estão menstruando mais cedo), tanto que a “idade de consentimento” (sexo consentido) tem sido levada em conta na hora de se avaliar um crime.
Dr. Ouimet tem feito um trabalho junto aos tribunais do Canadá de modo a identificar o perfil do pedófilo e traçar os limites, dentro do possível, entre a doença e o crime (a compreensão desse limite é variável na legislação dos diversos países). Não há como negar que a pedofilia, antes de ser crime, é doença também e como tal, deve ser tratada, até para evitar-se novos ataques. Quando o agressor também é vítima de si mesmo, ou seja, sofre com os próprios atos (cerca de 30% dos casos), há chance de cura,.pois há dor e remorso na prática. A perversão está presente em muito mais gente do que se imagina, ainda que muitos não a pratiquem. O especialista acredita que a internet pode ser também um canal de ajuda anônima para aqueles que reconhecem sofrer desse mal e querem ser tratados, antes ou depois de praticado.
Há muito que se cuidar, portanto. Há muitas pessoas, crianças e adultos, sadios e doentes, precisando ser ouvidas, cuidadas e amadas. Que a internet seja também uma saída benéfica e salutar para tantos problemas e dilemas que permeiam a vida humana.


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Maluh Duprat

Maluh Duprat é psicóloga clínica, orientadora vocacional e membro do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática (NPPI), da PUC/SP.

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