Já Rolou - Carreata contra pedágios reuniu mais de 100 manifestantes na Raposo Tavares

01/09/2025

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A manifestação ocorreu de forma pacífica e contou com a participação de moradores de diversos municípios da Grande São Paulo.

No sábado (30), os movimentos “Nova Raposo Não” e “Mais Pedágios Não” realizaram uma carreata intermunicipal contra a privatização da Rodovia Raposo Tavares e a instalação de pedágios ao longo do trecho entre São Paulo e Cotia.

A Carreata em quatro municípios

Em São Paulo, a mobilização começou por volta das 9h30, na Praça Elis Regina, no Butantã, reunindo carro de som e 35 carros, com presença da vereadora Luana Alves (Psol), o deputado estadual Reis (PT), além de advogados enviados pela deputada estadual Monica Seixas e pela deputada federal Sâmia Bonfim. e outros representantes.

De Vargem Grande Paulista, a concentração se iniciou mais cedo, às 9:00h na Feira Livre, na Av. Elias Alves da Costa, para colherem assinaturas de apoio ao movimento (acesso ao abaixo-assinado aqui). De lá saíram perto de 20 carros, que se encontraram em  estacionamento em frente à Prefeitura de Cotia com o pessoal da capital em parada que reuniu mais de 100 pessoas.

Juntos, percorreram o futuro trecho da ligação Cotia/Embu, que deverá promover devastação ambiental e impacto em mais de 300 nascentes de água. O final se deu em Embu das Artes, no Parque Francisco Rizzo. 

Ameaça Jurídica

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O juiz Rodrigo Aparecido Bueno de Godói, da 3ª Vara Cível de Cotia, impetrou uma liminar contra o protesto na véspera, sexta feira 29/08. Ele teria sido induzido ao erro pela concessionária Ecovias, autora da solicitação, que alegou risco de interdição das estradas. Os movimentos, no entanto, garantem que nunca houve intenção de fechar a rodovia, mas apenas de se manifestar de forma pacífica contra a cobrança dos pedágios, o que de fato aconteceu. Apesar da liminar, a carreata transcorreu sem problemas e até contou com o apoio da Polícia Rodoviária, que bloqueava semáforos e cruzamentos para que a Carreata pudesse passar. Em Cotia e Embu, a carreata também recebeu a atenção das Guardas municipais.

Os movimentos afirmam que continuarão organizando atos com o objetivo de denunciar o que consideram abusos da concessionária e do governo. Segundo os organizadores, o protesto teve como alvo a concessão da rodovia às empresas Ecovias e CCR, feita sem consulta pública ou estudos de impacto socioambiental. Eles também criticaram o sistema free flow, que prevê a instalação de seis pórticos de cobrança automática até o km 39 da Raposo. De acordo com estimativas, o custo mensal para um motorista que utiliza a rodovia diariamente pode chegar a R$ 300.

Além de rejeitar os pedágios, os movimentos cobram investimentos em transporte coletivo, em especial a implantação da futura Linha 22-Marrom do Metrô, e maior participação popular nas decisões que afetam a região.

O movimento "Nova Raposo, Não!"  é composto por mais de 100 entidades, incluindo associações de moradores, coletivos ambientalistas, sindicatos e outras organizações sociais. O grupo foi criado para questionar o projeto de concessão da Rodovia Raposo Tavares e pede a suspensão imediata do projeto. Seu abaixo assinado já conta com mais de 37 mil assinaturas e pode ser acessado aqui.