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A poesia do Conversar com a poetisa e artista corporal Cecília Ohno é como explorar um pedaço do Japão.

11/04/2013








Conversar com a poetisa e artista corporal Cecília Ohno é como explorar um pedaço do Japão. Seja pelo seu jeito de ser, pelo conteúdo da sua conversa, pela sua arte ou até pela sua própria casa, onde os sapatos ficam na porta de entrada e a sala é coberta por tatames. Moradora de Embu das Artes desde 2000 e casada com um japonês, ela passou três anos em Tóquio quando estudou com o renomado Kazuo Ohno, o maior coreógrafo daquele país, falecido em 2010, aos 103 anos de idade.

Tanto no Brasil quanto no Japão, ela se aprofundou nas artes corporais - sua principal atividade - em um estilo de expressão chamado seitai-ho, que tem muitos movimentos inspirados em movimentos tradicionais usados em artes marciais. Ao lado do marido ela produz espetáculos e comanda o projeto Jardim dos Ventos, por meio da Cia Jardim dos Ventos, instituição de artes que dirige. Foi justamente esse trabalho corporal e cênico que contribuiu para que ela olhasse com mais profundidade para outra expressão típica do Japão: a poesia haikai.

Haikais são poemas de três linhas aos quais ela trouxe aspectos inovadores como um visual atrativo, diagramação diferenciada e pelas imagens que dão movimento aos poemas. "Durante muito tempo o haikai me parecia algo até um pouco simplista", explica Ciça, como é mais conhecida. Trabalhando com artes corporais e cênicas inspiradas na cultura japonesa, eu percebi que o universo do haikai é muito maior, mais complexo e cheio de significado."

Ela se interessou tanto pelo assunto que escreveu um livro com haikais, que foi publicado em março pela editora Escrituras. Intitulado "Quando todas as folhas caem", a obra é inspirada em manifestações da natureza. Mais do que uma forma de poesia eu os descreveria como experiências sensoriais", conta.

O significado das estações
A natureza descrita no livro está fortemente relacionada com as estações do ano. Ciça explica que, por meio do seitai-ho pode compreender que o clima altera o estado do corpo humano. Aspectos como frio, chuva podem ser sentidos pelo corpo, às vezes até de forma negativa, mas as práticas corporais podem trazer o equilíbrio, explica.

A artista conta que diálogos no Brasil considerados banais, "conversa de elevador", no Japão fazem muito sentido. "Falar está frio, que chuva ou que calor com japoneses mais tradicionais quer dizer muita coisa sobre seu estado interno e como ele é influenciado pelas variações do clima".

A referência entre seus haikais e as estações do ano fazem com que a poetisa considere sua obra um registro de observações em vez de um processo imaginativo. Com 90 páginas, amplamente ilustrado e com cada página diagramada de maneira única, "Quando as folhas caem" é uma teia de sensações visuais e interpretativas. A palavra certa e a melhor maneira de representar as manifestações da natureza, sentidas pelo próprio corpo.
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Serviço
Quando todas as folhas caem
Autora Cecília Ohno
Editora Escrituras
Preço R$ 23,00
Informações diretamente com a autora: casadovento@hotmail.com
Por Karen Gimenez


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