Acervo da Associação dos Funcionários Púbicos de SP mantém viva a memória da Revolução de 32

Em 9 de julho, comemoram-se os 90 anos do movimento em favor da democracia e da Constituição. O público tem a oportunidade de conhecer melhor esse capítulo da História do Brasil, visitando o mais completo acervo sobre a luta paulista.

O espaço alusivo à Revolução Constitucionalista de 1932, que estará aberto à visitação no sábado, 9 de julho, é mantido pela Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP), por meio de sua Coordenadoria de Educação e Cultura. Trata-se da Galeria Jorge Mancini, cujo nome homenageia o fundador e presidente da Associação dos Ex-Combatentes.

Mancini e mais cinco irmãos alistaram-se voluntariamente no Exército Constitucionalista. Ainda em vida, ele doou a maioria das peças históricas, movido pela intenção, segundo externou, de "perpetuar o ideal democrático que inspirou o movimento".

O presidente da AFPESP, Artur Marques da Silva Filho, lembra que a entidade, criada um ano antes da revolução, a apoiou, pois, desde o início, como continua ocorrendo, sempre se pautou pela defesa da legalidade, da democracia e dos direitos individuais e coletivos. "A história dessa luta do povo residente no território bandeirante pode ser bem conhecida na visita à exposição permanente da Galeria Jorge Mancini", enfatiza.

O acervo conta com mais de 900 peças em exposição, entre documentos, fotos, cartazes, peças de artilharia, medalhas comemorativas, vestimentas, e materiais diversos sobre o movimento contra o governo ditatorial de Getúlio Vargas e em defesa da convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte. As pessoas também podem fazer doações caso tenham objetos que ajudem a contar o fato histórico. Para isso, basta contatar a entidade pelo e-mail cultura@afpesp.org.br. O espaço localiza-se no prédio anexo à Sede Social da AFPESP, à rua Venceslau Brás, 206 no centro da cidade de São Paulo.

Artur Marques, recentemente condecorado pela Câmara Municipal de São Paulo com o Grande Colar Heróis de 32, observa que a revolução foi derrotada nos campos de batalha, mas, à época, reconduziu o País à constitucionalização. "Sem dúvida, foi um capítulo muito importante da História do Brasil de respeito e defesa do Estado Democrático de Direito. Nossa entidade sempre esteve alinhada a esses ideais, que expressam o sentimento dos servidores públicos", afirma.

De segunda a sexta-feira, das 9h às 16h. (No sábado, 9 de julho, aberta das 9 às 16h)

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