09/10/2023
sabesp
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As chuvas que ocorreram neste final de semana (7 e 8/10) em Cotia e região mais uma vez deixaram um rastro de destruição e prejuízos. Na Rodovia Raposo Tavares sentido Cotia, no Atacadão, a água novamente tomou a Avenida Professor José Barreto, impedindo a circulação de carros e pedestres, bem como na rua Água Marinha, em frente ao Mercado Municipal. A Avenida Antônio Mathias de Camargo, no Jardim Leonor, a Estrada Manoel Lages do Chão, também ficaram alagadas, bem como a rua Direita, na altura do Senai, na Granja Viana. Na estrada Caiapiá a força da água na rua, que se assemelhou a um rio com correnteza, assustou aos moradores. Muitos perderam tudo.
Também houve registros de alagamentos na Estrada Acácio Antônio Batista, na altura do km 36 da rodovia Raposo Tavares e na alça de acesso a Caucaia do alto na altura do km 39.
A Defesa Civil foi acionada e a Assistência Social da prefeitura irá prestar assistência aos desabrigados.
Ao longo do Rio Cotia
A Bacia do Rio Cotia está distribuída entre os municípios de Barueri (2,80%), Carapicuíba (6,92%), Cotia (79,32%), Embu das Artes (7,01%), Jandira (2,81%) e Vargem Grande Paulista (1,15%). A bacia é dividida em duas zonas administrativas com propriedades ambientais distintas: Baixo Cotia e Alto Cotia (SABESP, 2019)
No vale do Rio Cotia, na divisa de Carapicuíba com Jandira, houve transbordamento novamente, alagando as Ruas Glicínias, Petúnias e Orquídeas na Chácara do Vale do Rio Cotia. A situação lá e em diversos pontos acima descritos além de caótica, é recorrente.
Os fatores
Desmatamento ilegal, mudança do curso do rio, ocupação irregular. São diversos os fatores que acentuam as catástrofes cada vez mais comuns neste cenário de aquecimento global e seus consequentes eventos extremos.
Os eventos extremos são fenômenos meteorológicos que ocorrem em volume acentuado e fora dos níveis considerados normais. Secas prolongadas, chuvas torrenciais e ondas de calor, por exemplo, eram bem menos frequentes do que vemos hoje, mas a crise climática tem tornado tais eventos extremos mais severos e frequentes.
Diante do quadro, o Site da Granja solicitou à prefeitura informações sobre quais são e serão as providências para que essas situações possam ser minimizadas e assim que as receber, atualizará a matéria.
São Roque
Três famílias em São Roque (SP) ficaram desalojadas. A prefeitura informou que elas foram acolhidas por parentes. Duas casas foram atingidas por árvores. A Defesa Civil realizou vistorias pois, além das quedas de árvores, o temporal também provocou alagamentos e deslizamentos de terra.
Piedade
As fortes chuvas que atingiram Piedade (SP) deixaram os moradores de nove bairros da área rural sem energia elétrica. Além disso, a Escola Gregório Rodrigues Machado, em Piraporinha, teve suas aulas suspensas nesta segunda-feira (9) devido aos danos causados.
Em São Paulo
Na capital, os alagamentos mais relevantes ocorreram nas zonas sul e oeste, O córrego que mais despertou atenção entre os técnicos foi o Pirajussara, na zona oeste.
Foram cinco casos de deslizamentos de terra ou de desmoronamento de casas, mas em nenhum deles houve vítimas. Na Grande São Paulo foram registradas quedas de 70 árvores.
Resposta da prefeitura de Cotia
A prefeitura de Cotia retornou a solicitação do Site da Granja sobre as informações de quais são e serão as providências para que essas situações possam ser minimizadas:
"Entre as medidas e ações tomadas pela Prefeitura de Cotia, por meio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, visando a redução da emissão de CO², descarbonização da atmosfera e colaboração com o enfrentamento às mudanças climáticas, estão: a Intensificação no Plantio de árvores nativas através do programa Cotia Mais Verde, que somente no mês de setembro de 2023, plantou mais de mil árvores, projetos de recuperação de áreas degradadas próximas aos cursos d'agua, emissão de autorizações para limpeza e desassoreamento de corpos hídricos, ampliação para mais bairros da Coleta Seletiva, recolhimento de resíduos eletrônicos através do programa "Sucata Digital", orientação para que a frota de veículos da administração pública seja abastecida com biocombustíveis, entre outras medidas adotadas e que serão amplificadas a partir de janeiro de 2024.
Some-se a isso o trabalho educativo que vem sendo realizado nos últimos anos por meio de projetos como o 'Guardião Ambiental Mirim', 'Pedágio Ambiental' e a distribuição de material informativo para a população. O enfrentamento às mudanças climáticas passa por ações de toda a sociedade."
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