28/02/2013
Por Layla Marques
Quem nunca tomou um chazinho - receita antiga de sua avó - para acabar com aquela gripe forte? Ou mesmo passou um pouco de cebola na dolorida picada de abelha porque sua tia disse que seria bom? Pois é, desde o início dos tempos utilizamos as plantas como um remédio natural. Mas será que elas curam de verdade? A terapeuta holística Maria Lúcia Brenélli, garante que sim. "Quando administradas corretamente, elas curam. As espécies medicinais são tão vastas quanto o próprio reino vegetal. Em cada princípio ativo há uma propriedade de tratamento, como, por exemplo, plantas que são anti-inflamatórias, antifúngicas, analgésicas, tônicas, diuréticas, cicatrizantes e calmantes".
Antigamente, as informações sobre as plantas eram passadas apenas de geração em geração. Mas hoje isso tem status de ciência e é aceito pela comunidade cientifica como um estudo medicinal, nomeado como fitoterapia, técnica que visa a "prevenção, a manutenção, a recuperação e o equilíbrio da saúde e do bem estar das pessoas", conforme define Maria Lúcia.
Fitoterapia como ciência
Os resultados de pesquisas que aliam práticas populares, conhecimentos dos povos nativos, documentos escritos por civilizações antigas e estudos científicos atuais, asseguram o uso medicinal das plantas. A fitoterapia ampara e mantém viva a interação do homem com a natureza.
"Ela também resgata vínculos que foram comprometidos no decorrer do distanciamento do Reino Humano com suas raízes primordiais e ainda detém e preserva, em si, todas as possibilidades de cura: antigas, atuais e futuras, diante dos desequilíbrios físicos, mentais e emocionais da humanidade", diz a terapeuta.
Quanto aos cuidados e riscos, assim como em qualquer prática terapêutica, explica Maria Lúcia, ficam por conta da administração correta e consciente do consumidor baseada na orientação e competência de profissionais capacitados.
Cultivar em casa
Podemos cultivar as plantas medicinais em casa, dependendo do local que você disponha, como: numa horta, em jardineiras ou vasos, em canteiros exclusivos ou mesmo mesclando entre as plantas ornamentais. Mas atenção: caso você tenha crianças ou animais domésticos o ideal é que sejam plantas que não possuam princípios ativos tóxicos e, portanto, não representem perigo. "Se a opção for cultivar plantas com princípios mais agressivos, tenha um local reservado para elas.
"Algumas - desde que não exageradas em suas doses - não representam perigo, são elas: Sálvia, Erva Doce, Hortelã, Camomila, Anis Estrela, Manjericão, Bálsamo e Alfazema. Elas são bonitas, florescem, emanam boas irradiações e perfumam nosso dia a dia", finaliza a terapeuta holística.
O poder (de algumas) plantas
Ervas calmantes: camomila, erva cidreira e plantas como valeriana e o maracujá.
Alecrim: tem poderes anti-inflamatórios, além de ser uma ótima erva para tempero.
Aloe Vera: é a nossa conhecida "babosa". Pode ser usada como anti-inflamatório (uso tópico), assim como hidratante em caso de queimaduras. Como é um gel, ela alivia a área. Nos cabelos, tem um poder hidratante. A Aloe Vera não pode ser ingerida, pois se transforma num poderoso laxante.
Camomila: tem uma gama ampliada de tratamentos. Ela pode ser usada para clarear naturalmente os cabelos (desde que já sejam claros), acalma dores estomacais e indigestão, é também anti-inflamatório e ótimo para feridas e assaduras.
Chá verde: da mesma família do chá preto, ele é rico em cafeína e, por isso, acelera o metabolismo, auxiliando quem quer emagrecer. É um poderoso antioxidante, prevenindo também o envelhecimento precoce.
Quer aprender mais sobre o assunto? Em março acontece na Granja o curso "Alquimia das Ervas", no qual a terapeuta holística Maria Lúcia vai apresentar o estudo de 52 plantas medicinais. Para mais informações: patriciacuocolo@espacointegracão.com.br ou ligue para (11) 994497910, falar com Patrícia.