02/10/2023
Os serviços serão paralisados a partir das 0:00h de amanhã.
As três categorias agendaram uma paralisação de 24 horas para esta terça (03). A suspensão das atividades é contra os projetos de concessões e privatizações do governo, que incluem linhas da rede metroferroviária e a estatal de saneamento.
Os sindicatos dizem que querem discutir mais esses planos com a sociedade e evitar a piora do serviço.
Havendo paralisação, a Justiça do Trabalho determinou 100% de operação nos horários de pico, sob pena de multa. No caso da Sabesp, a determinação é de 85% do efetivo.
Os três sindicatos reivindicam que o governo Tarcísio de Freitas suspenda permanentemente o projeto de privatização das estatais.
Os funcionários do Metrô, da CPTM e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) agendaram greve conjunta de 24 horas para esta terça-feira 3, a partir de 00h.
A decisão pela greve aconteceu no dia 19 de setembro. Os sindicatos exigem a suspensão imediata e permanente do plano de privatizações das estatais. O argumento é de que SP não poderia repetir a ação que em outros estados, como o Rio de Janeiro, por exemplo, se mostrou ineficaz.
No entanto, o projeto é uma das principais promessas de campanha do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que classificou neste domingo 1, a greve como “política” e “sem pauta”.
A Justiça do Trabalho de São Paulo entrou na disputa, e a juíza Raquel Gabbai de Oliveira, determinou que os trens devem operar com 100% do efetivo em horários de pico — entendidos como das 4h às 10h e entre 16h e 21h — e 80% nos demais períodos.
Os sindicatos dos metroviários confirmaram que irão cumprir a medida, mas, em contrapartida, reforçam a solicitação de que se tenha "catraca livre", para que os passageiros circulem gratuitamente durante a manifestação.
Em caso de descumprimento da determinação, a juíza ponderou que “cada um dos sindicatos que representam os trabalhadores sofrerá multa diária de R$ 500 mil".
Veja quais linhas devem parar e quais continuarão funcionando:
Paralisadas
1-Azul;
2-Verde;
3-Vermelha;
15-Prata.
Ativas por serem operadas pela iniciativa privada
4-Amarela;
5-Lilás
Paralisadas
7-Rubi;
10-Turquesa;
11-Coral;
12-Safira;
13-Jade
Ativas
8-Diamante;
9-Esmeralda.
A presidente dos sindicatos dos metroviários, Camila Lisboa, classificou a movimentação do governo Tarcísio, como uma estratégia para piorar os serviços públicos.
Lisboa cita como exemplo, as falhas das linhas 8 - Diamante e 9 - Esmeralda, já privatizadas. Desde o início do ano, essas linhas apresentaram o triplo de falhas das geridas pelas estatais: foram 16 episódios, incluindo graves descarrilamentos.
O caso está sendo investigado pelo Ministério Público, que pede a extinção do contrato com a empresa.
Os sindicatos permanecem também com consulta pública para identificar como a população vê o projeto das privatizações com urnas espalhadas por toda a cidade.