12/08/2021
Balanço da rede de Bancos de Leite Humano do Estado de São Paulo mostra que a média de doações cresceu neste segundo ano de pandemia, mas ainda precisa reverter o impacto causado pela COVID-19 e aumentar os níveis para suprir recém-nascidos hospitalizados em UTIs Neonatais.
Em 2021, até maio, o Estado já conseguiu arrecadar mais de 22,2 mil litros de leite materno, uma média de 4,4 mil por mês. O número representa pelo menos 60 litros a mais coletados mensalmente em comparação a 2020, quando a pandemia começou.
Apesar do pequeno aumento, a quantidade não é suficiente para atender toda a demanda.
Isto porque, no ano passado, a rede sentiu o impacto das doações com a chegada da COVID-19: a média mensal de coleta foi de 4,38 mil litros, contra 4,6 mil litros em 2019, uma queda de 5% no volume.
O Estado de São Paulo contabiliza 56 Bancos de Leite Humano (BLH) e 46 postos de Coleta de Leite Humano (PCLH). Em 2020, o Estado contou com mais de 36 mil doadoras.
Um dos bancos de leite do Estado de São Paulo está situado no Hospital Regional de Cotia, na região central a cidade. E apesar da pandemia, a unidade superou o número de doações de leite materno e de doadoras nesse primeiro semestre de 2021, em comparação ao primeiro semestre de 2020.
De janeiro a julho de 2020 o banco de leite humano de Cotia recebeu 352 litros e leite materno de 204 doadoras. Este ano, até julho, o volume de doação praticamente dobrou e já soma 547,9 litros leite humano e 253 doadoras, uma média de 42 litros por mês.
A doação de leite humano passa pelo processo de coleta, processamento e distribuição do leite humano para bebês prematuros internados de baixo peso (menos de 2,5 kg) e com patologias, principalmente do trato gastrointestinal, e que não podem ser alimentados diretamente pelas próprias mães.
As evidências científicas indicam que bebês prematuros e/ou com patologias que se alimentam de leite humano no período de privação da amamentação possuem mais chances de recuperação e de ter uma vida mais saudável. Com o leite materno, o bebê prematuro ganha peso mais rápido, se desenvolve com mais saúde e fica protegido de infecções.
Todo o leite doado é analisado, pasteurizado e submetido a um rigoroso controle de qualidade antes de ser ofertado a uma criança, conforme rege a legislação que regulamenta o funcionamento dos bancos de leite humano no Brasil, a RDC Nº 171. Após análises das suas características, o leite é distribuído de acordo com as necessidades específicas de cada recém-nascido internado.
O modelo brasileiro para Bancos de Leite Humano (BLH) é referência internacional e, desde 2005, o país exporta técnicas de baixo custo para implementar BLHs na América Latina, Caribe Hispânico, África, Península Ibérica e outros países.
Quem pode ser doadora de leite humano?
Algumas mulheres quando estão amamentando produzem um volume de leite além da necessidade do bebê, o que possibilita que sejam doadoras de um banco de leite humano. De acordo com a legislação , além de apresentar excesso de leite, a doadora deve ser saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a ordenhar e a doar o excedente a um banco de leite humano.
Se você quer doar seu leite, entre em contato com o banco de leite do Hospital de Cotia que possui inclusive o serviço de coleta de leite em domicílio
Banco de Leite Humano do Hospital de Cotia
Avenida Dr. Odair Pedroso, 171 Monte Santo
06717-200 COTIA
Telefone: 11-4148-9070
Horário Funcionamento:
SEGUNDA - TERÇA - QUARTA - QUINTA - SEXTA - Manhã: de 08:00:00 às 11:00:00Tarde: de 12:00:00 às 17:00:00
Coleta Domiciliar: Sim
Hora Marcada: Não
Outras informações:
Rede Global de Bancos de Leite Humano: rblh.fiocruz.br