09/05/2023
O sol está brilhando, a "Mamãe Natureza" enfeitada para receber Rita. A sensação por dentro é cinza. Cinza chumbo. Como quando Rita deu seu depoimento ao Jornal Folha de São Paulo (2011), sobre uma queimada na região:
“Fiquei preocupada quando vi o fogo descontrolado, o crepitar cada vez mais perto. Moro em frente a uma reserva. A fumaça era tanta que não se respirava sem tossir. As aves buscavam refúgio, muitas machucadas. Parecia cena de fim do mundo de Hollywood.”
O Site da Granja também reportou o caso que você pode conferir no LINK
Granjeira há mais de 20 anos, tinha também um sonho de construir um abrigo para animais por aqui.
Pois nesta segunda feira, 08/05, a maior estrela do rock brasileiro morreu. Sua primeira aparição foi com imenso destaque durante o tropicalismo, com a banda Os Mutantes, na década de 1960 num jeito bem hippie, destoando de todos que optavam pelo tom formal para se apresentar no Festival da Record. Pulou pra carreira solo depois do Tutti Frutti (1973–1978) e aí não parou mais, enfileirando 16 álbuns cheios de hits. Depois de 2012 resolveu ficar mais tranquila, levar uma vida sossegada.
Dissidente por princípio, Rita foi hippie quando o gesto significava emancipação. Foi feminista num mundo machista, manifestante num mundo de ordem e progresso.
"Ovelha Negra", "Mania de Você", "Doce Vampiro", dentre tantas outras.
Rita Lee *31/12/1947 + 08/05/2023
A conta oficial de Rita comunicou que o velório será aberto ao público, e acontecerá nesta quarta-feira (10), no Planetário do Parque Ibirapuera, das 10h às 17h. O corpo da artista será cremado em cerimônia particular