29/05/2013
Por Layla Marques
Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, até o dia 12 de maio (data do último levantamento), foram registradas 55 mortes no estado de São Paulo de vítimas da Influenza ou gripe H1N1. Esse número representa 90% dos casos confirmados no País. Em Cotia, de acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, este ano foram registrados 22 casos suspeitos de contaminação, definidos como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e cinco casos confirmados. Não houve morte por decorrência do vírus. Houve rumores que a morte de um professor na Granja Viana teria sido pela H1N1 mas o laudo médico constatou bronquiopneumonia severa (infecção pulmonar/choque séptico).
Cuidados e prevenção
Além de alguns cuidados como evitar aglomerações, lavar e higienizar as mãos com freqüência, tomar a vacina contra a gripe é uma das melhores maneiras de se prevenir. De acordo com o médico pediatra especialista em doenças respiratórias Fábio Picchi, da Clínica Médica Doutores da Granja, a vacina oferece de 90% a 95% de proteção. “Vale ressaltar que a proteção começa a existir aproximadamente após 15 dias da aplicação, prolongando-se por cerca de um ano”, diz Picchi, ao lembrar que as pessoas estão se prevenindo tardiamente. “O ideal é que a vacina seja tomada em fevereiro ou março, quando o vírus ainda não está circulando e o clima ainda é quente”.
E é justamente por essa razão que o mito de que a vacina gera gripe surgiu. “Com a prevenção tardia das pessoas, e nesta época de frio, o vírus da gripe já está circulando. Uma vez com o vírus, a vacina não terá efeito. Por falta de conhecimento, a população não se previne, se resfria e gripa com mais freqüência”, diz Picchi. Outro mito que o médico derruba é que a vacina cause algum tipo de efeito colateral doloso. “A única coisa que pode acontecer, ainda assim em um prazo de 24h a 36h, é uma dor local e um quadro febril leve, nada além disso”.
É importante lembrar que pessoas alérgicas a ovo não podem tomar a vacina. Deve-se evita-la também em pessoas que apresentem doenças agudas febris moderadas ou graves. Nesses casos recomenda-se adiar a vacinação até a melhora do quadro. Já as que fazem parte do grupo de risco, como gestantes, pessoas imunodeprimidas (que usam continuamente medicamentos que baixam a imunidade), doentes crônicos, crianças de seis meses a menores de dois anos e pessoas acima de 60 anos, devem tomar a vacina. “É bom que as mães saibam que se seus filhos estão apenas com tosse ou coriza, elas podem tomar a vacina normalmente. Não há contra indicação nestes casos”, reforça o médico.
Existe ainda uma vacina com ação trivalente, que imuniza contra o H1N1e o H3N2 da Influenza A e contra o da Influenza B. A dose trivalente imuniza também contra gripes sazonais.
Onde se vacinar?
Para auxiliar na prevenção, todos os municípios receberam uma cota de vacinas, distribuídas em laboratórios particulares e UBS. Em Cotia, as Unidades de Saúde ainda têm a vacina. Para que a aplicação seja feita gratuitamente, a pessoa precisa apresentar uma carta médica relatando que faz parte do grupo de risco. Caso queira tomar em laboratório particular, poucos ainda possuem estoque.
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