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Secretário quer desativar O Secretário do Meio Ambiente, Laércio Camargo, volta à carga na tentativa de por fim a maior ameaça à Reserva Florestal do Morro Grande, a Estrada de Ferro que liga o Porto de Santos a Mato Grosso e corta a reserva, margeando a represa, com centenas de vagões transportando grãos a produtos químicos, "sem controle", contesta.

06/05/2009








O Secretário do Meio Ambiente, Laércio Camargo, volta à carga na tentativa de por fim a maior ameaça à Reserva Florestal do Morro Grande, a Estrada de Ferro que liga o Porto de Santos a Mato Grosso e corta a reserva, margeando a represa, com centenas de vagões transportando grãos a produtos químicos, "sem controle", contesta.

Ele denuncia "descaso e falta de cuidado com um dos maiores bens da cidade e também da humanidade" e acusa a operadora da ferrovia, América Latina Logística - ALL, que segundo ele e moradores do entorno da estrada, transporta produtos químicos sem controle de qualidade. Laércio Camargo disse ao cotiatododia que há mais de dois anos cobra da empresa o inventário de carga, para saber o produto transportado, mas nunca obteve resposta. Ele alerta, que em caso de um acidente, "será impossível agir com emergência, por falta de informação."

O secretário denuncia que hoje a empresa provoca degradação por meio do óleo e graxa deixados sobre os trilhos. "Esses produtos extremamente danosos ao meio ambiente vão direto para o lençol freático", diz. E os grãos derramados ao longo da estrada provocam outro crime ambiental: a matança de animais. Laércio Camargo monitora a reserva há anos e tem em mãos imagens que comprovam a vulnerabilidade da área. Animais mortos nos trilhos, pescadores, pessoas nadando, piqueniques às margens da represa, sem monitoramento. Tudo porque, conseguem o acesso com facilidade, utilizando a via férrea e a estrada paralela aos trilhos. A devastação da reserva é cada vez mais nítida.

Fim da Linha

Diante da gravidade, mesmo a Linha Férrea sendo uma veia econômica e uma dos principais canais de escoamento dos produtos de exportação do país, o secretário, entende que a única maneira de por fim ao risco de uma tragédia sem precedentes ao maior patrimônio natural da cidade, é tirar de uma vez por todas a estrada de ferro de dentro da reserva, ou seja "desativá-la". Ele é autor de um inquérito civil que tramita no Fórum de Cotia desde 2005, fruto de um requerimento aprovado na Câmara Municipal de Cotia, com apoio de todos os vereadores da época.

Além da desativação da estrada de ferro, o processo pede policiamento rigoroso no entorno da reserva, que ficou vulnerável após a construção da via férrea. O relatório do IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - anexado ao processo, aponta falhas como "sinalização precária, corte de árvores, morte de animais, derrame de substâncias químicas nos trilhos e não instalação de bacias para conter o derrame dos produtos químicos".

A empresa chegou a assinar um Termo de Ajuste de Conduta - TAC, que segundo Laércio, "nunca foi cumprido". Entre as exigências do TAC, está a construção de uma cancela com controle do acesso na reserva e treinamento para os funcionários da empresa, para saberem como agir em casos de acidentes graves com produtos químicos.

Sabesp

A reserva do Morro Grande está sob responsabilidade da Sabesp. A companhia de saneamento, informou que solicitou o plano de emergência da ALL para os casos de acidentes com trens e também a relação de produtos transportados, mas também "não foi atendida".

O outro lado

A América Latina Logística, em nota, respondeu ao cotiatododia que não transporta produtos químicos neste trecho, apenas grãos (soja, farelo, milho) e açúcar, produtos que não representam o risco ao meio ambiente. Sobre as mortes dos animais como capivara, onça, gambá, macaco, que alcançam os trilhos, atraídos pelos restos dos produtos derramados dos vagões, a empresa diz ser "inevitável".

Segundo a ALL, duas equipes atuam diariamente na região para manutenção e vistoria do trecho, e outra formada por técnicos em segurança e meio ambiente. A nota informa ainda que, anualmente, realiza treinamento simulado para avaliar o tempo de resposta das equipes em caso de emergência.

Plantio de árvores

No final do mês de abril a empresa finalizou o plantio de 9 mil mudas de árvores nativas na Reserva, como forma de compensação do impacto ambiental causado na região. As árvores foram colocadas às margens da ferrovia, onde houve processo de degradação ambiental, devido ao desmatamento e ao uso de fogo por invasores. Para evitar novas ações, placas educativas serão instaladas no local.

No próximo dia 10, a empresa pretende apresentar à Cetesb - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, o Plano de Atendimento a Emergências (PAE) e o Programa de Gerenciamento de Risco (PGR), específicos para o trecho de Campinas a Santos, que compreende a região da reserva do Morro Grande. O gerente de meio ambiente da companhia, Durval Nascimento Neto, diz que a empresa vai deixar à disposição um funcionário especializado em atendimento de emergências e combate a fogo para atender ocorrências ferroviárias, na região de Cotia.

Parque Estadual é o caminho para preservação

Para Laércio Camargo, além da desativação da via férrea, outra maneira de preservação da Reserva Florestal do Morro Grande é transformá-la em Parque Estadual. A secretaria do Meio Ambiente tem mantido entendimentos com a Sabesp e outros órgãos estaduais para tratar do assunto. Outra solução, é a criação de um pólo de ecoturismo e sustentabilidade.

Fonte: CotiaTodoDia
Fotos: CotiaTodoDia


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