07/12/2023
Os deputados contrários à privatização deixaram o plenário após confusão envolvendo a Polícia Militar, que resultou na expulsão de manifestantes.
A PM chegou a usar spray de pimenta e cassetetes para conter os protestos.
O projeto de privatização da Sabesp é uma das promessas de campanha do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Eram necessários, no mínimo, 48 votos dos 94 deputados para o texto ser aprovado. A deputada Delegada Graciela (PL) foi a única que votou contra.
Com 50 anos de história, a Sabesp está presente em 375 municípios paulistas e é a segunda maior companhia de saneamento da América Latina. Trata-se de uma empresa de economia mista: o Estado detém 50,3% das ações e o restante é negociado nas bolsas de São Paulo e Nova York.
Mesmo após aprovado no plenário da Alesp, o projeto de privatização ainda precisa passar obrigatoriamente pela Câmara de Vereadores de São Paulo antes de ser sancionado, uma vez que a capital representa 44% do faturamento da companhia. que votou contrária à medida.
"O Projeto já é inconstitucional por si só. A cessão dos direitos da própria cidade que Ricardo Nunes fez, completamente ilegal. A forma como foi aprovada, gritantemente violenta e contra nossos próprios princípios democráticos", disse a deputada federal pelo PSOL de São Paulo, Erika Hilton, que afirmou ainda que vai ao STF contra o texto.
Os deputados contrários à privatização deixaram o plenário após confusão envolvendo a Polícia Militar, que resultou na expulsão de manifestantes.
A PM chegou a usar spray de pimenta e cassetetes. Vivian Mendes, líder do partido Unidade Popular e candidata ao Senado por São Paulo nas últimas eleições, foi presa durante o tumulto.
Com ela mais três foram presos: O estudante Hendryll Luiz, de 22 anos, o professor Lucas Borges Carvente, de 26 anos e o metroviário Ricardo Senese, de 36 anos.