26/01/2023
A programação do aniversário de 469 anos da cidade de São Paulo também contou com atividades no parque Cemucam. Alongamentos, Trilha monitorada, visitas às diversas dependências do parque finalizando com plantio simbólico de duas árvores, paineira e peroba. Muitas famílias aproveitaram o dia de feriado da capital paulista, com passeios de bikes, futebol, piqueniques, churrascos e caminhadas.
Criado em 1968 com a finalidade de divulgar o campismo e atender o movimento escoteiro, o Centro Municipal de Campismo (CEMUCAM) é o único parque municipal paulistano localizado fora do município. Ele fica em Cotia e foi trocado pela área do Matadouro de Carapicuíba, onde foi implantado, através do programa Cohab, o conjunto habitacional Presidente Castello Branco, no final dos anos 60.
O parque também abriga o Viveiro Harry Blossfeld (antigo Viveiro Cotia), que fornece espécies para a arborização do município de São Paulo. O Viveiro é considerado de alta importância por ser o único que fornece mudas de árvores.
Por conta desta particularidade, o parque já sofreu em sua história algumas tentativas de “repatriação”: o ex-prefeito Joaquim Horácio Pedroso Neto, conhecido como Quinzinho Pedroso, lembra do impedimento da venda do Parque, desejo da prefeitura de São Paulo, na época sob o comando de Marta Suplicy (2001/2005).
Outra tentativa aconteceu em 2013, quando o então prefeito Fernando Haddad e o secretário Ricardo Teixeira (Verde e Meio Ambiente) acataram um pedido da Prefeitura de Cotia, que queria ficar com a área. Uma grande mobilização da sociedade demonstrou que Cotia não tinha condições financeiras de sustentar o parque.
Na quarta-feira, dia 18, tivemos alguns indícios de que esta “repatriação” possa estar tendo um novo capítulo:
Esta foto foi feita no CEMUCAM: Da esquerda para direita: Yakov (Estagiário), Gledson (servidor do viveiro), Mariana (agrônoma), Wagner (diretor do parque), Guilherme (agrônomo), Ricardo Nunes (prefeito de SP) e Rogério Franco (prefeito de Cotia)
O Prefeito Rogério Franco recebeu no CEMUCAM o prefeito Ricardo Nunes, que chegou em helicóptero.
Especulações apontam para um aproveitamento imobiliário da área (são 500 mil metros quadrados).
No caso do viveiro, diversos biólogos relatam que sua transferência pode demorar mais de 30 anos, com um alto grau de incerteza. São mais de 150 kg de sementes/mês. O viveiro também depende do parque para a formação de seu patrimônio genético.
São Paulo, município com maiores recursos orçamentários e demandas por mudas de árvores, não deve permanecer com a responsabilidade da preservação deste tesouro, ao invés de delegá-la?
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