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Vamos trocar? Prática milenar, a troca movimentou a economia durante séculos antes do surgimento do dinheiro.

26/06/2013








Prática milenar, a troca movimentou a economia durante séculos antes do surgimento do dinheiro. Hoje, a prática da troca revive com outro intuito: o de promover a economia solidária, substituindo o lucro, a acumulação e a competição pela solidariedade e pela colaboração. Na Granja Viana, em todas as edições da Ecofeira, realiza-se a “AuEscambaU”, uma feira de trocas em que o valor monetário da peça não importa.  A próxima edição acontece no dia 30 de junho das 9 às 14h, na Escola da Granja.

A arquiteta Isabela Menezes é uma das organizadoras do evento, promovido pelo Transition Granja Viana (TGV). “A proposta é valorizar o trabalho, o saber, o talento e a criatividade humana em vez do capital e sua propriedade. Queremos buscar a harmonia e o respeito com a natureza; trabalhar o sentido de coletividade promovendo um espaço de reflexão sobre o consumo, além de unir a comunidade por meio do relacionamento intenso que uma feira de trocas proporciona”, explica .

Os povos primitivos faziam seu comércio na forma de escambo, e ainda hoje, entre os índios e alguns grupos africanos, esse sistema é usado. “Uma pessoa que tivesse mais peixe do que o necessário, trocava por milho com outra que estava precisando e que tinha milho a mais. Era simples assim e o mundo funcionava através de bases reais, produtos reais e relacionamento estreito”, lembra Issa.

O conceito em profundidade

A arquiteta conta que nem todos compreendem o conceito de troca em sua profundidade. “Ainda há quem encare a troca como uma maneira de se livrar do que está gasto ou quebrado. E a proposta não é essa. A essência de uma feira de trocas é que alguém entregue algo que não utiliza mais,  mas que esteja em bom estado e possa ser útil a outra pessoa. Não é trocar pelo primeiro objeto que encontrar e voltar com algo que não vai usar. Saber trocar leva tempo e reflexão e traz uma alegria imensa”.

Issa explica que, além do movimento dos objetos em si, uma feira de trocas estimula conceitos como solidariedade, alegria, desapego, sabedoria e cooperação. “Participar de uma boa feira de trocas é melhor do que passar a tarde em um shopping, pois promove o contato com outras pessoas, a arte de negociar e serve também para fazer amigos. Ficar na feira ali com seu objeto é fundamental, pois esse é um processo seu. Só você sabe do que precisa e pelo que quer trocar. Se eu levo minhas coisas e não fico lá para efetuar o processo corro o sério risco de voltar para casa com objetos tão inúteis quando aqueles que eu trouxe. A presença do dono do objeto  é o que faz a diferença entre trocar e se livrar de algo que não tem mais serventia”.

O espaço de trocas que acontece na Ecofeira não estabelece um valor monetário para os objetos. “O que vale é a utilidade e não o valor que se gastou na aquisição”, avalia. “Se eu tenho um livro caro, que já li e que não pretendo mais ler, ou seja, não me tem mais serventia, que valor ele realmente tem para mim? Mas se eu troco esse livro por uma panela de barro que eu sempre desejei, o que vale mais? O livro que já li ou a panela que eu quero muito? O valor está no que vai me servir e não no quanto aquilo me custou. Não adianta eu ter algo muito caro em casa e que não tem utilidade. Adianta eu ter aquilo que me serve”, explica a organizadora. 

Em diversos países da Europa e em outras partes do mundo, a troca é um hábito comum até entre pessoas que têm muito dinheiro. Mas essa cultura ainda não existe por aqui.  “O Brasil é um pais que culturalmente copia o modo de vida americano: só tem valor o que é novo, tirado da embalagem. Você é o que você consome. Já, na troca, é possível aprender o verdadeiro valor das coisas e não o seu preço.A troca faz sentido, é uma atitude sustentável, faz a gente se conhecer melhor”, contextualiza Issa.

Para participar

Para participar da feira de trocas que acontece na Ecofeira é preciso levar no dia objetos que já não tenham utilidade (não importa o quê), mas que estejam limpos e em boas condições de uso. É preciso identifica-los com uma etiqueta para que se saiba a quem eles pertencem e começar a negociação com os outros “trocadores”.

Serviço:

Feira de Trocas AuEscambaU
Local: Ecofeira - Escola da Granja
Endereço: Rua José Félix de Oliveira, 1271
Data: 30/06
Horário: das 9 às 14h

 




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