14/04/2016
Os índices de violência na Granja Viana e arredores estão cada dia mais altos. Preocupados com a série de arrastões, roubos e até mortes, alguns moradores têm se reunido para discutir sobre a segurança na região. Organizado pelas granjeiras Ruth Sasaki e Angela Serrano, aconteceu na última quarta-feira (13), no Pátio Viana 2, um encontro sobre o tema.
“Todo mundo está com medo de andar pelas ruas. Precisamos voltar a ter uma Granja gostosa, tranquila. Nosso objetivo com estas reuniões é abranger o maior número de pessoas e profissionais da área interessados para que possamos apresentar à presidência do Conseg – Conselho de Segurança – planos de ação e de melhorias”, afirma Angela.
Está rolando também nas redes um abaixo assinado para pressionar a Prefeitura e o Governo a tomar alguma providência. O projeto idealizado pelo morador Rodrigo Leme já conta com mais de mil assinaturas. O objetivo é chegar a 1500 apoiadores. Clique aqui para acessar.
Arrastões e roubos
Recentemente publicamos na Fanpage do Site da Granja uma reportagem feita pelo jornal Bom dia São Paulo. Segundo levantamento, entre janeiro e fevereiro, foram registrados 664 casos de roubos e arrastões no trecho de acesso da Avenida Escola Politécnica à Raposo Tavares.
Por aqui, muitos granjeiros também têm sido surpreendidos negativamente. No grupo do facebook “Ocorrências Granja Vianna”, que conta com 2.700 membros, as denúncias são diárias. Um dos relatos refere-se aos arrastões na estrada do Condomínio Fazendinha que dá acesso à Barueri. “Além de muito perigoso, não é aconselhável passar por essa via, principalmente à noite”, alerta um dos membros do grupo, que foi criado pela granjeira Viviane Tocegui.
Há também diversos relatos de assaltos na região, como aconteceu com um morador da Rua São Sebastião. Segundo ele, quando estava fechando o portão de sua casa, quatro meliantes o renderam. No assalto, levaram seu veículo e aparelhos eletrônicos novos. E pasmem! Há exatos 15 dias ele já havia sido roubado, sendo que dois dos bandidos eram os mesmos desta vez.
Mortes na Granja
O assunto é delicado, mas não podemos deixar de comentar. Não é a primeira vez que uma morte pós-roubo acontece aqui na Granja. Em janeiro deste ano, em frente ao Santander, no Km 23 da Raposo Tavares, um policial, que estava de folga acompanhando uma pessoa, foi baleado com três tiros. O crime aconteceu no estacionamento do banco, em pleno horário de almoço. Ele faleceu a caminho do hospital.
E no último sábado (09), por volta das 20h, também em uma tentativa de roubo, um motociclista foi baleado. Flávia Greco, empresária granjeira, relatou o ocorrido em sua rede social. Ela, junto a outras pessoas, socorreram o rapaz. “Presenciei uma cena horrível. Um motoqueiro que havia saído do evento de Food Truck, sentido Raposo, tomou um tiro nas costas e caiu da moto em frente a Imobiliária G3I. Parei para ajudá-lo. Estava consciente e foi socorrido por uma ambulância que ali passava um minuto após o ocorrido”, lamenta. Ele faleceu no mesmo dia.