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Planeta Eu

Santa ou maligna? Tornei um hábito procurar doces, em diversas formas, para comer ou beber todos os dias

13/08/2019



Ah, entendi agora!

Quando meu corpo procura uma Coca para beber não é porque ela é maligna e me domina!

 É porque tornei um hábito procurar doces, em diversas formas, para comer ou beber todos os dias. E assim escuto lá pelo meio da manhã dentro da minha mente: pacote de bis.

 Escuto porque estou muito atenta, mas, na verdade, escutando ou não, meu corpo pega a chave do carro e me leva até um lugar onde moram caixas de bis. Depois de vários deles na barriguinha vou ouvir uma segunda voz me criticando, mas ela não tem controle sobre mim. Ela só avalia e recrimina, a outra voz não. Essa é danada, ela me faz agir.

 Só que agora aprendi!

É apenas meu corpo sendo legal comigo! É apenas meu corpinho querido agindo em função de um hábito.

 Explico!

Aprendi no ótimo livro O Poder do Hábito que nosso corpo cria hábitos que fazemos sem pensar, avaliar, decidir, que nos permitem executar tarefas que em algum momento consideramos que eram necessárias.

Pegamos a bolsa para sair de casa, fechamos os zíperes, abrimos geladeiras, puxamos o cobertor sobre nós, trocamos palavras com as pessoas com quem convivemos, colocamos adoçante no café etc etc... Se tivéssemos que decidir a cada momento se fazemos ou não, e de que jeito, cada uma dessas coisas, ficaríamos exaustos. Apenas fazemos. Com uma parte do cérebro onde não mora a reflexão.

Os hábitos que não gostamos são apenas isso. Nós os escolhemos em algum momento, deixamos que eles se instalassem e devidamente instalados eles executam o que há para executar. Simples assim!

Os hábitos moram dentro de uma tríade: a deixa, o hábito e a recompensa.

 Por exemplo, a deixa é a sede que tenho e que esqueço de saciar com água. O hábito é buscar uma coca e a recompensa é o prazer e a sede minimizada.

 Outro exemplo:

 A deixa é relaxar, esquecer os problemas, compartilhar uma mesa com outras pessoas.

O hábito é beber no bar. A recompensa é ter socializado, relaxado, e conseguido se distrair de problemas.

 O criador dos alcoólatras anônimos percebeu esse esquema, creio que intuitivamente, e criou, com as reuniões, condições para as deixas existirem e também as recompensas. E o hábito de beber no bar foi trocado pelos encontros e todo o suporte que se encontra ali.

 Bom, então a coca não é mesmo maligna?

Santinha ela não é, porque, através da propaganda e da presença marcante dela em muitos lugares, ela facilmente se torna um hábito. Ando reparando nas mesas dos restaurantes. Sempre uma latinha inocente por ali.

 E o hábito de beber cerveja e outras bebidas de enorme parte da juventude brasileira? Cigarro, consultar o celular compulsivamente... milhões de exemplos de hábitos que nos fazem parecer zumbis cumprindo rituais sem questionamento. Talvez com ineficientes doses de culpa.

 O livro também conta a estratégia que um cassino usou para manter o hábito de jogar de uma mulher que acabou perdendo um milhão de dólares. E como as empresas pesquisam exaustivamente nossos hábitos para fazer com que compremos em suas lojas. Isto me fez olhar para aquelas gôndolas cheias de chocolate na boca do caixa com vontade de não me comportar como as empresas querem. De não ter os hábitos que elas estão procurando criar.

 Um homem, William James, achava sua vida muito ruim e se torturava, por isso achou que se matar seria uma opção melhor, mas antes de se suicidar decidiu fazer um experimento de um ano: Acreditar que tinha controle total sobre si, que seu destino poderia melhorar e que tinha livre arbítrio para mudar. Praticou todos os dias, assumiu o controle sobre suas escolhas e acabou tendo uma vida muitíssimo rica. Ele fez do livre arbítrio um hábito e também escreveu muito a esse respeito.

 Ou seja, mudar hábitos é possível. O livre arbítrio está aí para isso. Sugiro a leitura do livro porque é muito interessante, conta muitas histórias incríveis e explica muito didaticamente como fazer essas mudanças.

De minha parte, tenho procurado viver no presente e nele ouço as vozes do hábito. Estou rastreando o caminho da voz até a ação. Assim percebo uma brecha no tempo em que posso decidir se mantenho o hábito ou dou outro encaminhamento. Procurando esse ponto tenho encontrado um lugar muito vasto que se chama minha vida. Ali acontece muita coisa e cada vez mais quero estar ali vendo acontecer, fazendo acontecer, escolhendo acontecer...

E sonho com que as pessoas que estão vivendo vidas insatisfatórias possam identificar os hábitos – e crenças não investigadas - que as estejam mantendo presas ali diariamente naquela situação e assim se liberem.

 Afinal, como diz a Katie Byron, uma vida onde os pensamentos (e hábitos) não são investigados não vale a pensa ser vivida. É dolorosa demais!

 Incrível como há sempre luz no fim do túnel e quando nós a enxergamos não há mais escuridão. Esse livro (O Poder do Hábito, de Charles Duhigg) e O Trabalho, da Katie Byron (falo sobre isso na crônica anterior, muitos vídeos no Youtube com legendas em português), são grandes lanternas disponíveis para dissipar a escuridão que traz sofrimento. Que bom que são acessíveis e, ao escrever, espero estar contribuindo para que elas sejam encontradas. Tomara!

Na foto engradados de coca cola em restaurante de um mosteiro em Kathmandu/ Nepal.


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Jany

Escritora e Focalizadora de Dança Circular no UlaBiná.

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