Constelação Familiar e as dores que se acalmam

O salão amplo num terreno super arborizado, pessoas sentadas em bancos de alvenaria, pinturas animadas na parede. Uma mulher será a “Constelada” - ela tem cerca de 50 anos e trouxe a filha adolescente. Faz seu relato direcionado à terapeuta Cris Cola na presença do grupo, revelando o luto recente da mãe e a dificuldade de relação que tinha com ela; também coloca que a mesma dificuldade se repete na relação com sua filha. A sessão começa, alguns presentes são chamados aleatoriamente para “sentir o campo” e representar as pessoas envolvidas na questão que está sendo trabalhada.

relata Fernanda Feliz, que fez o papel de avó da “constelada” na sessão. Naquele dia, uma mãe e uma filha se abraçaram em conexão e muitas lágrimas rolaram, a consciência expandiu, dando a possibilidade de um novo começo.

A Constelação Familiar é uma técnica terapêutica aplicada em sessões individuais ou coletivas que têm o intuito de ajudar e solucionar problemas entre grupos ou sistemas. Não necessariamente sua aplicação diz respeito apenas a famílias. Pode ser feito para empresas, para casais e até no poder judiciário, que já reconhece a importância da Constelação Familiar, que vem sendo adotada para resolver conflitos em 16 estados do Brasil. Também a Netflix entrou “no sistema”, com a série turca “Uma Nova Mulher”, que trata sobre o tema. A prática, também conhecida como Constelação Sistêmica, foi criada pelo alemão Bert Hellinger, em 1978, e é baseada em suas práticas de terapia em grupo e respeita as Três Ordens do Amor: Hierarquia e Ordem, Pertencimento e Equilíbrio de troca.

O engenheiro mecatrônico Bernardo Tadeu faz psicoterapia semanal com Cris Cola e participa de “Constelações" há cerca de um ano.

Já Paula Medvedeva, empreendedora social que participa de Constelações desde 2012 como “representante” e também “constelada”, afirma: “Numa ocasião, uma pessoa que eu não conhecia fez o papel do meu pai. Chorei muito e pude perdoá-lo ao entender que era o que ele poderia oferecer. Uso esta informação até hoje e me ajuda muito”.

Por seus resultados rápidos e profundos, a Constelação Sistêmica Familiar é uma abordagem potente de cuidados com a saúde mental e emocional, porém a atenção precisa ser redobrada para a escolha do profissional que conduz o processo.

relata a psicoterapeuta Cris Cola, que é associada ao Instituto Internacional de Análise Bioenergética (IIBA), atende seus pacientes desde 2015 e aplica a Constelação Familiar associada à psicoterapia corporal, numa integração de corpo, mente, emoções, ligando ao sistema que a pessoa está inserida.

“A psicoterapia corporal, envolve técnicas corporais, verbais e relacionais, que visa tratar traumas, conflitos de relacionamentos e tensões físicas”, explica Cris, que em paralelo aos estudos de terapias, passou 20 anos em posições de liderança em grandes empresas do mercado financeiro, que adicionaram ao seu repertório terapêutico conhecimento sobre as tensões e os impactos das relações na saúde física e mental. Ela atende no Centrinho da Granja num generoso espaço de 5000m2 com ativos sociais, de autoconhecimento, espiritualidade e bem estar.

As Constelações são abertas ao público duas vezes ao mês e qualquer pessoa pode participar como “representante”, como “Constelada” ou apenas para assistir - a melhor forma de conhecer esse trabalho. Para “representantes”, é pedido um valor simbólico e um quilo de alimento não perecível para ação social. Para ambas as participações, é necessário agendamento prévio.

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Técnica terapêutica, utilizada inclusive pelo poder judiciário, é aplicada pela psicoterapeuta Cris Cola. E toda pessoa está convidada a participar das sessões.

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