19/08/2013
Um relatório divulgado pela Cetesb indicou que a Lagoa de Carapicuíba, com 750 mil m2, localizada próximo do limite entre Carapicuíba e Barueri, e vizinha das margens do Rio Tietê, está contaminada por metais pesados, podendo causar graves riscos à saúde de quem mora ou trabalha no entorno. Entre os elementos químicos estão: cádmio, cromo, chumbo, mercúrio, cobre e zinco. O problema pode se espalhar porque a contaminação já teria atingido o lençol freático e começa a se espalhar pela região.
A TV Record fez uma ampla reportagem sobre o problema, entrevistando técnicos e moradores. A situação, segundo a reportagem, é tão drástica que já está entre os problemas ambientais mais graves do Estado de São Paulo. O contato com metais pesados pode trazer graves danos à saúde principalmente em órgãos como rins e fígado, podendo afetar ainda o sistema nervoso central. O contágio pode se dar tanto pela ingestão da água quanto pelo contato com a pele ou com objetos que estiveram nessa água.
Há favelas às margens da represa e alguns moradores chegam a pescar e criar animais no local ou utilizar a água para limpeza, já que a grande maioria dessas residências é improvisada e não conta com serviço de água e esgoto. Além das moradias irregulares, há também escolas e até um parque público nas proximidades da lagoa. A qualidade da água, que segundo o relatório da Cetesb não é monitorada há oito anos, é resultado de descarga de água e lodo do próprio Tietê, bem como pelo descarte de indústrias e outras fontes desconhecidas. Há também todo o tipo de lixo nas margens e no fundo da lagoa. Um aterro sanitário legalizado também funciona ao redor da lagoa com o risco de liberação de chorume na água. Há uma ação na Justiça para a interrupção das atividades do aterro e descontaminação da área.
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