11/01/2024
No relatório integrado 2022, que faz uma espécie de balanço do ano passado e projeções para o futuro, a operadora cita “metrô mais leve” para um atendimento menos demandando.
“Devido às mudanças urbanas, à oportunidade de atendimento a USP, à atualização com os dados da Pesquisa OD 2017 e à necessidade de adequar a tecnologia de uma linha menos carregada, foram realizados estudos prévios de traçado e tecnologia de metrô mais leve – carro mais estreito e curto, permitindo túneis menores e estações mais curtas para a linha.” – diz o documento.
O “metrô leve” se refere a Veículo Leve sobre Trilhos - VLT.
Em 2021, O diretor de Engenharia e Planejamento do Metrô, Paulo Meca, em entrevista à ABIFER, disse que a operadora estuda a adoção de Veículo Leve Sobre Trilhos – VLT na nova linha 22.
Meca disse que há análises sobre o custo do meio de transporte. “O caso da Linha 22-Marrom, uma linha que deve chegar ao município de Cotia, tinha um projeto inicialmente só de Metrô, a gente lá atrás discutiu monotrilho, mas o viário não permite. Então é uma linha que nós estamos pensando em algum outro modal, de tal que forma que possamos viabilizar no menor custo e consiga atender adequadamente a demanda.”
O que é VLT?
O VLT ou Veículo Leve sobre Trilhos é um nome diferente para trens que circulam no nível da rua de capitais, como é o caso de Santos, Rio de Janeiro e Recife. Como o próprio nome já diz, é mais leve em comparação ao trem e metrô porque suas composições são menores e transportam menos passageiros. Dessa forma, ocupam pouco espaço e fazem menos barulho ao passar.
Diferente das estações de trem e metrô, as do VLT não têm catraca de acesso. O pagamento é feito dentro do vagão, o que faz esse modal lembrar os antigos bondes que faziam parte dos retratos urbanos do começo do século passado.
A vantagem do VLT é que ele é um modal de baixo custo e se encaixa amigavelmente na paisagem urbana, sendo alternativa nos centros das grandes metrópoles para cobrir pequenos trajetos e complementar outros meios de transporte, como os próprios trens e metrôs. É mais uma maneira dos projetos de mobilidade urbana garantir a multimodalidade, tornando mais fácil e rápido o trajeto das pessoas que circulam na cidade.