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Oito mulheres comandam 100 homens em obra do Rodoanel

05/03/2024


Engenheiras e técnicas tentam deixar no passado preconceito na construção civil em projeto que passa por Carapicuíba e Barueri.

São oito engenheiras e técnicas comandando o trabalho de uma centena de homens na construção de faixa adicional do Rodoanel Mário Covas, entre os quilômetros 15 e 20 da pista externa. Projeto que também passa pelas cidades de Carapicuíba e Barueri, na Grande São Paulo.

No pico das obras, a expectativa é que sejam usados 120 profissionais da construtora FBS, contratada pelo Grupo CCR, concessionária das rodovias dos Bandeirantes e Anhanguera. A previsão é que tudo esteja finalizado em outubro de 2025.

"A gente não leva em conta o fato de ser mulher. Na hora do trabalho, fazemos o serviço com eficiência. Pouco importa se somos homens ou mulheres. A gente sabe se impor", afirma Cecília Gallo, engenheira, gerente de contrato e responsável pela obra.

Um dos canteiros é ao lado do terminal de ônibus municipal de Osasco, que continua em funcionamento. O tráfego de caminhões do Rodoanel é constante.

"Já aconteceu de eu chegar na obra e perguntarem: ‘Onde está o engenheiro?’", relembra Fernanda Charette Tokuyama, 47, engenheira e coordenadora de planejamento da faixa adicional.

"Ouvi uma vez dizerem que não iam fazer o que eu estava dizendo. Achavam que não sabia o que dizia. Você tem de ganhar pelo argumento. Mostra que conhece do tema e tudo fica bem", acrescenta a engenheira de produção Agatha Pego Lopes, 30.

Quem pode ter mais dor de cabeça, entre elas, é Daiane Lopes do Monte, 37. Não é nada pessoal. É pela natureza da sua função: supervisora de segurança do trabalho. É quem precisa alertar o tempo inteiro sobre situações inseguras.

"Eles escutam, porque entendem o sentido do que fazemos. Nem sempre é agradável, porque às vezes temos de mudar padrões que estão acostumados a fazer há anos. Mas faz parte. Hoje é bem mais fácil do que foi no passado", diz.

Há mais de uma década, era difícil encontrar botas de tamanhos menores ou equipamentos de segurança. Banheiro feminino nos canteiros era algo inexistente.

Na obra da faixa adicional do Rodoanel, além do banheiro, há o contêiner com espelho para que possam se arrumar e chuveiros íntimos.

A relação com os homens é cordial, de brincadeira às vezes. O tempo de elas serem desafiadas ficou no passado. Dizem, de fato, que atualmente é muito mais difícil lidar com as demandas de clientes e de outros executivos homens do que com os operários.

"Você não pode ser tímida, ficar esperando que alguém vá perguntar a sua opinião. Se tem algo a dizer, diga", afirma Cecília.

"Ninguém vai te entregar nada de mão beijada", afirma Fernanda.

Todas são assertivas. Um homem entra no espaço ocupado por elas: "Sua braguilha está aberta", avisa Agatha. "Desculpe." O tom de voz não carrega nenhum tom de galhofa e ninguém ri. É pura seriedade e 100% praticidade. "Vamos lá. Agora, ao trabalho", ela pede depois de o "problema" estar resolvido.

(da Folha de São Paulo)


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