09/10/2013
Reunindo mais de 200 indústrias no município de Cotia e no entorno, a regional Cotia do Ciesp – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo - vem mobilizando empresários para o fortalecimento da região. Entre os principais problemas estão o trânsito da Raposo Tavares, o fornecimento irregular de energia elétrica e um outro assunto que aos poucos começa a fazer parte da roda de conversa dos industriais: a proximidade dos condomínios residenciais.
Áreas que até então eram ocupadas apenas ou prioritariamente por indústrias começam a ser rodeadas por condomínios residenciais, que às vezes dividem o muro com um galpão. Um exemplo é o parque Industrial São José que começa a ser circundado por condomínios em estradas estreitas em que os caminhões de mercadorias passam a dividir espaço com os carros dos moradores. Outra área que sofre com o fenômeno é o Jardim da Glória.
Segundo Walter Sacca, presidente do Ciesp Cotia, essa situação acontece por falta de fiscalização. “Nas zonas mistas, a legislação é clara sobre a distância a ser mantidas entre as edificações residenciais e industriais, entre outros itens, e eu diria que é uma legislação equilibrada. O difícil é encontrar quem a cumpra.”
Eletropaulo e Raposo
Ainda sobre os problemas que enfrentam os industriais da região, Sacca cita as reuniões que vêm acontecendo entre membros do Ciesp e a Eletropaulo. “É difícil manter essa situação. Por mais que tenham geradores, as indústrias estão com dificuldades em relação à energia. Temos sentido que as reuniões realizada no Ciesp têm surtido efeito, mas muitos dos problemas vão além da concessionária”. Ele cita o complexo sistema burocrático que muitas vezes não pode ser todo controlado pela empresa de energia. “Não depende só da Eletropaulo. Um exemplo simples são os postes no meio da rua, cuja remoção precisa da prefeitura. Ás vezes uma ação simples envolve diversas instâncias tornando-a burocrática e demorada”, analisa.
Sobre a Raposo, representantes do Ciesp vêm acompanhando todas as atividades envolvendo a rodovia. Segundo Sacca, a Raposo é o maior problema que o DER – Departamento de Estrada de Rodagens enfrenta em toda a região metropolitana e, provavelmente um dos maiores do Estado. “Estamos presentes em todas as reuniões setoriais sobre o tema, mas tudo demora, a burocracia brasileira é complicada, bem como a gestão dos projetos, independentemente da área”, avalia. “Estamos há nove anos aguardando a retirada do farol do km 11. Não seria uma solução para todos os problemas, mas contribuiria com a fluidez. Só que a burocracia não anda”.
Além das atividades para a indústria em si, o Ciesp vem trabalhando fortemente na construção do Senai de Cotia. “Houve atrasos devido à necessidade de realocação de parte do sistema de esgoto para viabilizar as fundações do edifício que abrigará o Senai. Com o problema resolvido, a previsão é de terminar o prédio ainda neste semestre. Estão sendo feitas pesquisas com as empresas da região para eleição dos cursos mais procurados, mas cursos voltados para a indústria química e farmacêutica já contam na grade inicial. Além da escola, o Senai de Cotia abrigará um centro de pesquisa e desenvolvimento voltado para a área farmacêutica.” A entidade é responsável também pela administração do Sesi, clube de esportes e lazer aberto tanto a funcionários da indústria quanto à população em geral.
Estrutura regional
Dividido em 42 regiões no Estado de São Paulo, o Ciesp tem como propósito fortalecer a indústria no Estado, além de facilitar processos e promover relacionamentos. Realiza boa parte das suas atividades em parceria com a Fiesp, que é a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. A regional de Cotia atua desde Taboão da Serra até Araçariguama. Além de promover cursos e encontros, entre outras atividades para os associados, o Ciesp também é responsável pelas Rodadas de Negócios, em que empresas da região se conhecem em organizado esquema de reuniões rápidas entre aqueles que podem se tornar parceiros ou fornecedores e clientes.
Serviço:
Ciesp Cotia
Rua Amor Perfeito, 200
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