27/03/2025
A crescente busca por diagnósticos psicológicos e neuropsicológicos têm sido um fenômeno marcante nos últimos anos. As redes sociais e a popularização de informações sobre transtornos como TDAH, transtornos de ansiedade e autismo impulsionaram essa tendência. No entanto, a necessidade de um diagnóstico preciso e embasado cientificamente é um ponto crucial para evitar autodiagnósticos precipitados. A neuropsicóloga Caroline Naconesky, especialista em avaliação neuropsicológica, destaca a importância desse processo e como ele pode transformar vidas, trazendo autoconhecimento e elevação da autoestima.
Inicialmente interessada pelo Direito, Caroline percebeu que sua verdadeira paixão não estava nas leis, mas sim na possibilidade de ajudar as pessoas a terem uma vida mais leve e equilibrada. Assim, decidiu migrar para a Psicologia, onde encontrou sua vocação. Com 43 anos e oito anos de atuação na área, especializou-se em terapia cognitivo-comportamental e neuropsicologia, campos que permitem compreender profundamente os padrões de pensamento e funcionamento do cérebro humano. “Escolhi primeiro cuidar das minhas filhas e depois fui estudar e aprimorar minha área de pesquisa”, explica a neuropsicóloga que atende pessoas para realizar Avaliação Neuropsicológica, a partir de 7 anos, na Granja Viana, em Pinheiros e também on-line nos casos de consultas psicoterapêuticas, ressaltando que para o tratamento, Caroline atende maiores de 14 anos.
A Importância do Psicodiagnóstico
O psicodiagnóstico é um processo essencial para identificar transtornos mentais, psiquiátricos ou neurodivergentes. Ele não se limita à clínica, sendo também utilizado em ambientes empresariais e hospitalares. Caroline enfatiza que o diagnóstico correto é o ponto de partida para um tratamento eficaz, e não uma simples rotulagem. Seu trabalho consiste em mapear aspectos cognitivos, emocionais, comportamentais, as dificuldades e potencialidades dos pacientes para orientá-los no melhor caminho terapêutico.
O Fenômeno do Autodiagnóstico
Com a disseminação de informações nas redes sociais, muitas pessoas passaram a se identificar com sintomas e a se autodiagnosticar. Caroline explica que isso pode ter dois impactos: de um lado, a democratização da informação e o incentivo à busca por ajuda profissional; de outro, o perigo da autoconvicção errônea e da automedicação. “É um processo complexo e deve ser feito por um especialista qualificado, pois envolve uma série de avaliações detalhadas.”, afirma Caroline.
O Crescimento de Diagnósticos de TDAH e Autismo
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) tem sido um dos diagnósticos mais procurados. Muitas pessoas chegam aos consultórios com dificuldades de foco e pensamento acelerado, mas nem sempre a causa é o TDAH. Fatores como ansiedade, burnout e excesso de telas podem gerar sintomas semelhantes. O mesmo ocorre com o autismo, cuja maior identificação hoje deve-se tanto à evolução dos instrumentos diagnósticos quanto às mudanças sociais, como o aumento da idade parental, um fator que pode influenciar a incidência da condição.
Ansiedade: A Patologia do Século XXI
Outro transtorno que tem se destacado é a ansiedade, principalmente no país mais ansioso do planeta, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS). Caroline explica que a diferença entre ansiedade comum e transtorno de ansiedade está no grau de sofrimento, frequência e impacto na funcionalidade do indivíduo, “O transtorno é caracterizado por crises frequentes, pensamento acelerado, insônia e dificuldades no dia a dia. Para um diagnóstico preciso, é necessário um acompanhamento detalhado e não apenas uma avaliação superficial, a partir de um reels do Instagram”.
Como Funciona o Processo de Avaliação Neuropsicológica
A jornada do psicodiagnóstico começa com a anamnese que identifica as queixas do paciente. A partir disso, são selecionados testes específicos para investigar diferentes funções cognitivas, como memória, atenção e funções executivas. O processo inclui de seis a oito sessões e, no caso de crianças, envolve a interação com familiares, professores, cuidadoras e outros profissionais. Ao final, o paciente recebe um relatório detalhado, que servirá como base para o encaminhamento ao tratamento profissional adequado.
A Busca por Profissionais Qualificados
Caroline reforça a importância de procurar especialistas capacitados e em constante atualização. “A avaliação neuropsicológica é um processo delicado e deve ser conduzido por profissionais com formação específica na área. Para encontrar um bom especialista, é essencial verificar o registro profissional (CRP) e a especialização em neuropsicologia.”, explica a psicóloga.
Entre os diversos casos atendidos por Caroline, um deles ilustra bem a importância de um diagnóstico preciso. “Uma paciente chegou ao consultório com autodiagnóstico de três transtornos diferentes e já preparada para iniciar a medicação. Após a avaliação, descobriu-se que ela se identificava com altas habilidades cognitivas e transtorno de ansiedade”, conta a profissional, que destaca como a investigação criteriosa pode evitar diagnósticos equivocados que geram mais sofrimento aos pacientes.
Neurodivergência: Um Ponto de Partida
Caroline enfatiza que receber um diagnóstico não deve ser visto como um fim, mas sim como um início. O reconhecimento de um funcionamento neurodivergente permite que indivíduos compreendam melhor suas potencialidades e limitações, promovendo um caminho de autoconhecimento e desenvolvimento. Seu trabalho é ajudar seus pacientes a transformar o diagnóstico em uma ferramenta para uma vida mais equilibrada e plena, dentro de sua condições, potenciais e possibilidades.
Psicóloga Especialista e Proficiente em Terapia Cognitivo Comportamental e Especialista em Neuropsicologia. CRP 06/141850. Avaliação Neuropsicológica para crianças, adolescentes e adultos. Psicoterapia online e presencial, atendimento para adultos, adolescentes a partir de 14 anos e orientação de pais.
Caroline Naconesky
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