03/10/2017
Setembro foi o mês com mais queimadas no Brasil, nos últimos 20 anos, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Temperaturas altas, clima seco e falta de chuva são fatores que contribuem para o surgimento de focos de incêndio como os que ocorreram na mata da Granja Carolina, próxima à Estrada do Pau Furado, em Cotia, por duas ocasiões nas duas últimas semanas.
Por outro lado, a intervenção do homem é sem dúvida alguma a principal causa dessas ocorrências, provocando danos irreparáveis ao meio ambiente.
“As queimadas destroem a fauna e a flora nativas, causando empobrecimento do solo e reduzindo a capacidade de penetração da água no subsolo, entre outros danos ao meio ambiente”, diz o Biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS).
Além da destruição que o incêndio provoca de imediato, o local atingido pelo fogo acaba sofrendo com outras sérias consequências. “O desaparecimento de determinadas espécies, animais ou vegetais, pode acabar desencadeando outros problemas, ameaçando seriamente a nossa biodiversidade”, alerta Puorto.
De acordo com dados divulgados pelo Inpe, durante o mês de setembro ocorreram aproximadamente 100 mil queimadas em todo o país. Para se ter uma ideia, esse número representa quase a metade das ocorrências registradas pelo órgão durante todo o ano de 2016, que foi de 188 mil queimadas.