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Sobre Reis Magos, estrela e presentes

14/12/2023



Continuando as pesquisas sobre os eventos natalinos, o Site da Granja desta vez acompanha a evolução desses que visitaram Jesus. Eram Reis? Magos? De onde vieram? 

Antes, um pouco de informação sobre esse processo de pesquisa:

Durante os estudos, percebe-se que algumas divindades e figuras mitológicas de diferentes culturas apresentam semelhanças em alguns aspectos: A estrela, a virgindade de Maria e os reis não são uma exclusividade dessa narrativa. Hórus (Egito), Mitras (Roma/Pérsia) e Buda (Budismo) têm um nascimento virginal. Buda ainda tem uma estrela associada ao seu nascimento. Mitras e Krishna (Hinduísmo) passaram por adoração de pastores e magos. Krishna também foi perseguido por um rei que ordena o massacre de crianças.

Os mitos vêm a ser uma chave para desvendar aquilo que os seres humanos têm em comum, dizia Joseph Campbell, mitólogo, autor, juntamente com o jornalista Bill Moyers, do livro “O Poder do Mito”. Campbell afirmava que os mitos passados nos ajudam a compreender o presente e a nós mesmos.

Vamos aos Reis Magos

Quem mora em Milão, vê do cais do rio a torre do sino da Igreja de Sant’Eustorgio: no topo, não há, como de costume, uma cruz, mas uma estrela de oito pontas. Trata-se do cometa que no Evangelho de Mateus (entre 70 e 115 d.C.) guia os Reis Magos até a cabana de Belém, para adorar o Menino Jesus.

Os magos, na versão de Mateus, tornam-se inicialmente “espiões” a serviço de Herodes, a essa altura bastante preocupado com o nascimento do Messias: Em Mateus 2:7–10, o Rei da Judeia solicita aos magos que localizem o menino e voltem para informá-lo de sua localização. No caminho, eles reencontram a estrela, que os guia até a manjedoura. Chegando lá, acontece a cena que todos conhecemos: a adoração e a entrega das oferendas, dos presentes.  

No mundo antigo, o termo "mago" tinha um significado ambíguo, indicando quem desempenhava um papel de mediação com o divino, tanto em termos negativos e perigosos, quanto em termos mais positivos e profícuos para os homens. A menção da estrela sugere que Mateus os considerasse dessa segunda opção, aproximando-os dos astrólogos.

Belchior, Gaspar e Baltazar

A partir do século III, os autores cristãos se esforçaram para eliminar todos os vestígios dessa ambiguidade. Aproveitando o Salmo 72 (“Os reis de Társis e das ilhas trarão presentes; os reis de Sabá e de Seba oferecerão dons”), entendido como um anúncio do Messias, os Magos foram identificados com os reis orientais, enquanto Orígenes (Orígenes de Alexandria - 185-254 d.C., figura na antiguidade cristã eminente estudioso da Sagrada Escritura) foi o primeiro em fixá-los em número de três, com base nos presentes oferecidos a Jesus. Antes disso, nas primeiras representações do episódio, seu número variava de dois a doze. 

O que mais interessava aos primeiros exegetas (pessoas que realizam ou se dedicam à exegese, análise detalhada de um texto ou de uma obra literária) era sua origem não-judaica, tomada como uma demonstração de como a salvação trazida por Cristo fosse destinada a toda a humanidade.

Dentro deste conceito e já no século XV, a cena começou a ser representada com mais ostentação: uma procissão de Reis Magos que, em carruagem ou a cavalo, em camelos etc., vinham ao encontro do Salvador acompanhados de pajens. Neste período histórico, ocorrem mudanças iconográficas no Menino (que sai do presépio para receber os Reis de pé, amparado por Maria), bem como no terceiro Rei:

Baltazar se transforma

Baltazar enegrece. Isso porque, com os portugueses circunavegando a África, o velho continente interioriza que existem três raças no mundo: a branca (a partir de então, será encarnada por Belchior, o rei europeu), a amarela (o rei Gaspar, da Ásia) e a preta (Baltazar representando a África). Da mesma forma, os três Reis se consolidam no imaginário artístico como as três idades do homem: Belchior tenderá a ser retratado como um homem velho (de barba branca), Gaspar como adulto e um jovem Baltazar.

São diversas as versões das oferendas e a que vingou tem este simbolismo: 

Ouro: reservado aos reis, atestava o reconhecimento da realeza e a glória de Jesus; 

Incenso (ou olíbano): reservado aos sacerdotes e deuses, era o reconhecimento da divindade de Jesus; 

Mirra: reservado aos profetas, usada para embalsamar corpos, representava a imortalidade e a ressurreição.

Os presentes do Natal

O fato é que devemos aos Magos a tradição de trocar presentes no Natal. Em diversos países, como por exemplo os de língua espanhola, a principal troca de presentes é feita não no Natal, mas no dia 6 de janeiro. No Brasil e em Portugal, o evento é conhecido como Dia (Folia) de Reis ou Epifania, mais fortes no nordeste do Brasil. 

A Folia de Reis, também chamada de Reisado ou Festa de Santos Reis, é uma festa popular e tradicional brasileira. Trata-se de uma das festas folclóricas mais emblemáticas do país. Em Cotia ela acontece desde 1965 quando Antônio Landi criou o primeiro grupo da cidade e, em 1971, Mário Soares realizou a primeira Festa de Reis do município. Benedito Soares, seu filho, é quem tocava a tradição, até 2020.

O que os Reis Magos fizeram após a entrega das oferendas?

São diversas as versões sobre que eles teriam feito depois. O que não fizeram foi voltar e contar para Herodes o encontro com Jesus, tomando outro caminho.

Dizem que seus corpos teriam sido trazidos a Milão desde Constantinopla, no século VI pelo bispo Eustórgio, que os teria depositado na igreja, posteriormente dedicada à sua homenagem. Foram levados em 1162 a Colônia, Alemanha. Somente em 1903 o cardeal de Milão Andrea Ferrari teria obtido uma pequena porção das relíquias de seu colega de Colônia, Anton Fischer, ainda hoje conservada em uma capela na igreja de Sant'Eustorgio.


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