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Planeta Eu

Complexa e Bela! Quem é o Senhor do Castelo? O Capitão de meu navio? Essa que escreve? Essa que me trouxe para casa quando eu não queria mesmo ter voltado?Essa que preferia estar lá fora sob a lua cheia mas tem medo do bicho papão? Na verdade, quero é rasgar a fantasia e ao mesmo tempo remendá-la

06/06/2012



Quem é o Senhor do Castelo? O Capitão de meu navio? Essa que escreve? Essa que me trouxe para casa quando eu não queria mesmo ter voltado?

Essa que preferia estar lá fora sob a lua cheia mas tem medo do bicho papão? Na verdade, quero é rasgar a fantasia e ao mesmo tempo remendá-la.

Estou precisando fazer loucuras, mas tenho medo do estouro da bomba.

Sou mãe e em muitos momentos acho melhor ser filha. Sou casada e queria namoras vinte outros homens. O trabalho está ali, vou para o outro lado.

Estar dividida: o pior lugar? o único lugar?

Todo o tempo estou considerando a vida nestes termos.

Escolhendo entre opostos, cancelando assim um dos lados e quando não me sinto capaz de decidir, tento colocar um pé em cada barco. Nada prático!

Em muitos momentos é muito difícil mesmo escolher. Se cedo ao lado que considero errado, tenho culpa. Se cedo ao outro que pertence à Terra do Dever posso ficar deprimida. Isso se chama conflito e a vida está recheada deles.

Dia desses caiu nas minhas mãos um livro que diz que só sabemos o que é noite porque há dia, o que é o masculino por causa da presença do feminino, frio porque existe o quente e por aí vai, mas que, por alguma “incompreensível razão, nós recusamos essa paradoxal natureza das coisas e, num momento idiota, acreditamos que poderíamos funcionar fora dessa realidade.

E a cada momento que fazemos isso transformamos o paradoxo em oposição”. O autor acrescenta que o sofrimento começa quando ficamos crucificados entre dois opostos e sugere que transformemos então “a dor da contradição no mistério do paradoxo”.

Ele dá um exemplo de como fazer isso contando da sua necessidade de se sentar no escritório para trabalhar nos seus projetos e da vontade que tem de fazer alguma outra coisa. Ele poderia tentar contemplar os dois lados fazendo um pouco de cada, talvez levando o cachorro para passear no meio do trabalho, por exemplo.

Na verdade, diz ele, isso é pouco e ainda é um funcionamento dentro do modelo da oposição. O melhor seria, ele sugere, se sentar por tempo suficiente com aqueles dois impulsos dentro de si, atribuindo valor e dignidade para ambos e dedicando tempo para que eles possam interagir, ensinando algo um ao outro e produzir assim um insight que sirva aos dois.

Uma maneira de entender e agir mais original e mais ampla, que contenha os dois impulsos. Uma fórmula própria que faça um sentido único, específico naquele momento da vida. Nada de soluções padronizadas.

Libertador!!! Posso então rasgar a fantasia e remendá-la. Os dois movimentos podem ser vistos não como opostos, e sim apenas como forças que apontam para lados diferentes. Duas pontas do mesmo fio. Não é preciso ter um juízo de valor para negar uma ou outra.

Elas podem coexistir e se não for conveniente para mim que as duas forças atuem concretamente que não atuem, o importante é que eu não me esqueça que uma contém a outra.

Não é isso ou aquilo e sim isso e aquilo. Ao menos dentro de mim. Me autorizar a sentir e pensar o que é, sem medo ou repressão. Não estou fazendo aqui um elogio a porralouquice (sorry pelo termo). Responsabilidade pelos outros tem que se ter sempre, não é o caso de impor todos os lados das questões, mas sim admiti-las para si próprio, legitimar sua existência, entender a dinâmica. No meu caso parar de achar que sou culpada por ser múltipla.

Entender a vida dessa maneira é revolucionário porque mexe na central dos desentendimentos que divide tudo entre certo e errado. O trânsito é nossa arena preferida para considerarmos o Outro inadequado, alvo dos nossos xingamentos. Quando faço isso, quando coloco o outro no lugar de errado tenho que acertar sempre.

Como isso é impossível, tenho que me esquecer da minha incoerência óbvia quando faço inevitáveis besteiras e para fazer isso o melhor jeito é se especializar em virar caçador de deslizes dos outros. Aquele tipo de pessoa que está sempre separando, dizendo o quanto está tudo errado, menos ele, claro!

Certamente estar dividida não é o único lugar. Há um muito melhor. Nele cabe tudo. Chama-se vida. Complexa e bela!

O livro: Owning Your own shadow: Robert A. Johnson


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Jany

Escritora e Focalizadora de Dança Circular no UlaBiná.

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