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Planeta Eu

Não tem só bem pensar! Explico: Olhei para a árvore predominante da minha casa e pensei mal dela

25/05/2017



Explico: Olhei para a árvore predominante da minha casa e pensei mal dela. Às vezes penso mal do meu carro também. Ele me leva para lá e para cá o tempo todo. Como posso pensar mal dele?

Ela, a árvore, é tão dona do espaço quanto eu, e contribui para fornecer o ar que respiro e, assim mesmo, penso mal, tanto do carro, quanto da árvore. O que dizer então dos meus pensamentos sobre os seres humanos que dividem meu tempo aqui comigo na Terra?

Não tem jeito, não tem só bem pensar. Tem muito mal pensar na minha cabeça também. Conheço excelentes pessoas que se martirizam por pensar mal, mas não tem como. Sendo humanos temos todos os lados da dualidade: o bom e o mal; o frio e o quente; o dia e a noite…

Então… o que não tem remédio, remediado está. E como diz meu amigo: “Não tem problema nenhum em pensar ou sentir. Como dizer para si próprio para não pensar ou sentir? Está acontecendo!”

Já nas ações penso que é diferente. Embora elas também aconteçam… e como! Meu amigo acelerou o carro quando o assaltante estava com o revólver apontado para ele. O assaltante armou o revólver em resposta. Graças a Deus, ele não atirou e meu amigo finalmente entregou a carteira. Se perguntasse para um ou para o outro o que eles prefeririam, tenho certeza que ambos diriam que teriam escolhido não acelerar, entregar logo a carteira, não armar o revólver. Mas agiram assim… ou seja, nosso agir não está sob o nosso domínio também.

As ações são diferentes do pensar e sentir porque incluem concretamente o Outro. Então, ok, não deu para segurar a ação ruim, aquela que prejudica, mas tem o passo seguinte. Reparação. Te machuquei, vamos falar sobre isso?

Dizem que o cumprimento de mãos significa que não há arma na minha mão e nem na sua. Ou seja, estamos desarmados frente ao outro. A vida nada mais é que negociação. O tempo todo troca. Troca com o ar, com o Outro, incluindo carros e árvores!

Só que na verdade o “vamos falar sobre isso?” é difícil porque o que temos para negociar são, na verdade, nossos pensamentos e sentimentos.

Acredito que só haja um jeito de não pisar demais nos próprios pés ou dos Outros, que é conhecer a si próprio. Conhecer esta vastidão interna. E para fazer isso: “Quem sou eu?”

Como funcionam meus pensamentos, minhas emoções, o que dizem meus sonhos noturnos, meus impulsos? Que pessoa há dentro de mim, qual é minha narrativa, como as coisas que me aconteceram vindo dos outros me impactaram? … e por aí vai. A tal da busca interior.

Assim há mais chance de ver o Outro também. Quem é ele? O que faz aqui na minha vida, na minha frente? O Outro que é igual. Assim o olhar também vai se ampliando e olho meu cão e me pergunto: “quem é ele? o que sente? O que sente uma árvore?

Você está pensando que sou maluca? As árvores sentem? Olha o que li a respeito delas no livro “A vida secreta das árvores” de Peter Wohlleben: “Assim como nós, elas se comunicam, formam famílias, cuidam dos doentes e dos filhos, tem memória, defendem-se de agressores e competem ferozmente com outras espécies. Algumas são solitárias, enquanto outras só conseguem viver plenamente se fizerem parte de uma comunidade (…)” Pois é, pelo jeito as árvores apenas não falam português, nem inventaram a motossera!

Tudo que conhecemos com mais profundidade, o lugar onde colocamos atenção, capta nossa intimidade, ficamos mais próximos. Se me conheço melhor, a mim e ao Outro, a relação cresce. Vamos pisar - e muito! - uns nos pés dos outros, mas vamos aprendendo a reparar. Reparar de reparação, conserto, e reparar de prestar atenção.

Aí o agir impulsivo então começa a vir de um lugar interno que já foi arado, cuidado. E que de tão reconhecido passou a ser amado.

Às vezes me pego me chamando de Janyzinha, me tratando de meu amor… aí fico encantada como meu agir está mais amoroso comigo mesmo. Como a pressão interna diminuiu quando conheci meus desatinos, minhas loucuras, minhas ações, pensamentos e sentimentos desordenados.

Enfim, continuo na dualidade, mas de vez em quando sinto um vento fresco e agradeço que estou viva e que posso ser céu também para quem está relacionado comigo. E quem não está? Sou como as árvores, tenho raízes em comunicação com tudo. Fico feliz quando posso colaborar para que a experiência da minha geração na Terra possa ser melhor do que pior.

Imagem da capa do livro : A vida secreta das árvores.


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Jany

Escritora e Focalizadora de Dança Circular no UlaBiná.

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