22/05/2025
por Ana Alcantara
Como começou essa parceria na Comunicação da Prefeitura?
Rudney: Essa dupla… bom, faz tempo. Eu e o Márcio nos conhecemos desde 2011, já são uns 15 anos. Eu, no jornalismo, e o Márcio no audiovisual.
Márcio: Tinha o projeto do Clique em Notícia, que era um site também. Eu e o Denilson tocávamos. Nosso diferencial era a parte de vídeo — novidade na época por aqui. A gente veio com uma linguagem diferente. O Rudney era da mídia escrita (Cotia e Cia). Viramos parceiros. Sou nascido em Cotia, minha família é toda daqui, inclusive de Caucaia. Depois fui para São Paulo, trabalhei no programa 50x1 com o Álvaro Garnero, que ainda passa na Record. A partir daí, rodei o Brasil e o mundo trabalhando.
Conte um pouco da sua trajetória profissional, Márcio.
Márcio: Comecei em 1996 na produtora GW, no Pacaembu, como cabo-man. Fazíamos muitos vídeos para o governo, na época do PSDB. Fui me aperfeiçoando, virei auxiliar de câmera, acompanhei o Mário Covas. Depois fui operador de áudio, técnico de som… Fiz campanhas políticas em Brasília, Manaus, São Paulo. Em 2013 comecei como câmera e trabalhei vários anos com o Álvaro Garnero, que apresenta um programa de viagens desde 2008. Conheci mais de 80 países trabalhando.
E como surgiu a oportunidade de se tornar Secretário de Comunicação?
Márcio: Por volta de 2012, o Welington Formiga escrevia muito no Facebook. Eu estava sempre de olho, mandei mensagem e resolvi ajudar voluntariamente nos conteúdos. Gosto de ajudar assim. Comecei a fazer vídeos pra ele, de coração. Precisei insistir e ele aceitou.
Rudney, e você? Conte um pouco da sua trajetória.
Rudney: Minha família é toda de Caucaia do Alto. Em 2011, eu já tirava algumas fotos, mas não tinha onde mostrar. Criei um blog para publicar as imagens. Com o tempo, comecei a escrever. Sempre me interessei por política e frequentava as sessões da Câmara, com uns 15, 16 anos. Assim nasceu o Cotia & Cia. Entrei na faculdade, cursei jornalismo e me formei em 2018. Sempre me mantive na cidade. Até que surgiu a possibilidade, no ano passado. A gente brinca que foram convites diferentes — o Márcio acompanhou toda a campanha do Formiga e eu, não. Continuei com meu trabalho jornalístico. Depois da eleição, recebi o convite para integrar no governo. Perguntei para o prefeito: “Quem é o secretário?” Porque, dependendo, não faria sentido. Nunca me vi como oposição. Sempre quis melhorar a cidade por meio do meu trabalho. Quando fui convidado, falei para o prefeito: “Sou técnico, sei trabalhar com jornalismo, mas não espere um político do seu lado.” Hoje, o Cotia & Cia continua, mas me afastei — por motivos óbvios.
O Formiga foi eleito e os vídeos se tornaram marca da gestão. Tem sua mão nisso, né, Márcio?
Márcio: Acho que acendi essa “chaminha” nele. Dei o start, porque ele pegou gosto por gravar vídeos.
A comunicação tem um espaço importante nesse governo. Como vocês se sentem com isso?
Rudney: O grande desafio hoje é mudar a linguagem. Antes, o Formiga era um candidato de oposição. Agora, ele é prefeito de uma cidade de quase 300 mil habitantes. Estamos na comunicação institucional. A linguagem precisa mudar sem perder identidade — afinal, foi essa comunicação que o elegeu.
Vocês também cuidam das redes pessoais do prefeito?
Rudney: Não. A comunicação pessoal é uma outra equipe. Mas trocamos figurinhas. São equipes diferentes. E tem um desafio jurídico também. Viemos do setor privado, onde há mais liberdade para errar, ousar. Na prefeitura, a responsabilidade é muito maior. Quase todos os vídeos passam pelo jurídico. Como poder público, temos informações em primeira mão, e usamos as redes da prefeitura também como informativo. A linguagem é menos engessada, mais jovem e dinâmica.
Como foi a transição entre os governos?
Rudney: O antigo secretário, o Menão, foi generoso, abriu as portas para a gente. Pegamos indicações, mantivemos quem já funcionava bem e colocamos a nossa cara. Meg, Vânia, Valéria, Juliano… Essa equipe técnica ajudou e continua com a gente. Temos uma agência de publicidade que já estava, e o contrato ainda está vigente.
A população tem respondido? Como está o termômetro das redes?
Rudney: Temos crescido bastante. Só o post do aniversário de Cotia teve 400 mil visualizações no Instagram. Pegamos a conta "calminha" e, nos primeiros 100 dias, subimos mais de 12% no número de seguidores. Estamos com 45 mil seguidores — tudo orgânico. Não impulsionamos no Instagram. Os vídeos que batiam 2 mil, 3 mil views, hoje chegam a 10 mil, 15 mil. E usamos cada meio conforme a situação: faixas, panfletos, cartazes… Acabamos de abrir um canal no WhatsApp que ainda não divulgamos. (Acesse AQUI)
Qual o legado que a Comunicação quer deixar?
Rudney: O prefeito colocou metas ousadas no plano de governo. Nosso papel é divulgar e fazer isso chegar aos quatro cantos da cidade. A comunicação é uma secretaria de “meio”. Todas as outras, em algum momento, podem precisar da gente.
A identidade visual da prefeitura está mudando. Como está esse processo?
Márcio: Imagina mudar tudo só por ego ou para colocar “a cor do novo governo”? Não faz sentido. Não vou tirar uma foto só porque era da gestão anterior. Todo material tem um tempo de vida útil. Quando chega a hora, a gente troca. Veio uma frota nova? Aí sim, muda o visual dos carros. Vamos trocando aos poucos, conforme a necessidade.
Quais são os principais desafios hoje?
Márcio: A secretaria se envolve muito em eventos. A parte estrutural geralmente fica com a Comunicação. Tivemos o aniversário da cidade, Romaria, Congada… São eventos do calendário de Cotia e a estrutura somos nós que montamos.
Vocês cumprem horário, mas acabam trabalhando além?
Rudney: Trabalhamos das 8h às 17h, mas quase sempre passamos disso. Chegamos às 8h e raramente saímos às 17h. Mesmo sem bater ponto, é um pedido do prefeito.
Márcio: Eu sou mão na massa. Outro dia acompanhei uma operação da GCM até às 5h da manhã. Subi morro, entrei em viela… Admiro demais a GCM de Cotia. É uma das melhores do Brasil. Somos referência.
Algo importante que vocês gostariam que a população soubesse?
Rudney: Que a comunicação, na maioria das vezes, é invisível. A gente não aparece, mas está sempre ali. O site da prefeitura é abastecido por nós, as redes sociais também. Não recebemos aplausos, mas trabalhamos para que o governo receba. E tudo bem!
Márcio: Eu sou dos bastidores. Sempre fui. Ficar atrás das câmeras é o meu lugar.
Se vocês pudessem dar uma canetada na cidade, qual seria?
Márcio: Saúde. Sem saúde, ninguém faz nada.
Rudney: Transporte de qualidade. Meu sonho como cidadão é ter metrô em Cotia. Melhorar a mobilidade como um todo.
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