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Automutilação é o tema com psicólogas locais no Setembro Amarelo

26/09/2023


Durante o Setembro Amarelo, campanha que visa diretamente a prevenção do suicídio (veja AQUI), o Site da Granja expandiu o tema para falar de um tópico bem delicado e próximo: a automutilação.


O psicólogo Carlos Henrique de Aragão Neto, doutorando em Psicologia Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília, fez os seguinte depoimento, no site da CVV .

O que é automutilação?

"A Sociedade Internacional para Estudos de Comportamentos Autolesivos define da seguinte forma: 

Comportamento no qual eu provoco um dano a uma parte do meu corpo, sem a intenção de tirar minha vida com essa lesão e esse é um propósito não validado socialmente.

Esse é um conceito que internacionalmente se usa para o comportamento autolesivo, que aqui no Brasil é chamado de automutilação."

Qual a prevalência?

"A maior prevalência vai da pré-adolescência até a idade do adulto jovem, ou seja, dos 12, 13 anos de idade até os 25 a 30 anos. É uma estatística mundial que se repete. No Brasil, ainda não há  dados consistentes sobre esse tipo de comportamento. Em relação a gênero, os estudos internacionais dizem que há uma leve prevalência entre mulheres, mas em alguns países essa estatística é igual entre homens e mulheres. No Brasil, por evidências clínicas, há prevalência maior entre garotas."

Aqui na Granja 

A Psicoterapeuta e terapeuta Maria Cecília Castro Gasparian  nos elucida a questão com esse brilhante texto:  

“A automutilação consiste na realização intencional de comportamentos de agressão ao próprio corpo, sem intenção de provocar a morte. Existem muitos tipos de comportamentos de automutilação, por exemplo, cortar-se (utilizando lâminas, facas ou outros objetos afiados), beliscar-se, esmurrar objetos (como uma parede), queimar-se (utilizando cigarros, fósforos ou velas), arrancar o cabelo ou tentar partir ossos do próprio corpo e muitos outros sintomas.”

E o que leva uma criança ou jovem a se automutilar?

"São vários fatores: alguns foram vítimas de abuso sexual, físico ou psicológico, outros, porém, sofrem de ansiedade, depressão ou transtorno de personalidade. Há também aqueles que simplesmente não sabem como lidar com a frustração na adolescência. Quando se automutilam alguns desses jovens têm um estado mental de dissociação, ou seja, seu estado de consciência muda e não sentem (ou sentem pouca) dor quando se cortam. Esse é um processo mental complexo, porque muitos deles além das causas citadas acima, se automutilam porque pensam que merecem, se sentem culpados por algo que lhes aconteceu, por exemplo.

Existe uma ideia bem popular, generalizada e equivocada de que fazem isso para chamar atenção.

 Na realidade, esses adolescentes têm uma patologia mental e precisam da ajuda de um profissional. A família poderá auxiliar e muito, mas com um bom apoio psicológico também.”

O Site da Granja  quis ouvir mais sobre o assunto:

"Como ajudar adolescentes que se cortam?”

Iana Ferreira 

"A automutilação é um desses sinais eloquentes de que algo sério está em andamento. Mais uma vez a melhor ajuda é não subestimar a situação. Cortar-se é um ato que revela uma angústia enorme e, se não for devidamente cuidado, pode tomar rumos bastante tristes, que poderiam ser evitados. O aspecto positivo é que uma angústia interna intensa e incompreendida foi expressa e pode, então, ser vista e cuidada. De novo, é como um pedido de socorro, que busca ser acolhido com atenção, mas sem desespero. Ajuda profissional, neutra em relação às dinâmicas emocionais que estão mobilizando esse comportamento, é fundamental nessa situação, inclusive ajudando o adolescente a perceber que não temos que ser fortes, nem sozinhos o tempo todo."


Lúcia Amaral 

"A autolesão e o ato de transformar a dor emocional em dor física, é a forma que os adolescentes, em maior número, encontram para expressar seu sofrimento psíquico. Dessa forma, sua angústia é transformada em dor física, e existe a “ilusão” do alívio emocional. Apesar de ser mais comum em jovens, a autolesão pode acontecer em qualquer fase da vida, desde crianças até idosos."


Sandra Yamashita

"Nesse caso, consideramos a automutilação como uma forma de se comunicar não verbal, onde a criança ou o adolescente clama por ajuda. O mais indicado é levar ao médico ou pronto socorro para ter certeza de que a ferida não é grave. Não julgue ou critique o comportamento, tente manter o diálogo e acolhimento, pois ao se sentir julgado é comum que o ser humano se isole ainda mais. Por fim, procure por ajuda profissional, consulte um psicólogo que irá orientar se necessita de encaminhamento ao psiquiatra."


O Site da Granja recomenda sempre a procura de profissionais responsáveis e habilitados para esse e outros assuntos de cunho psicológico.

Você encontra estas e outras profissionais clicando no Canal Psicologia do Site da Granja.


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