Baixa umidade do ar e baixa vacinação aumentam os riscos para a saúde na região

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21/07/2025

Alta nos atendimentos e sintomas mais intensos acendem o alerta em Cotia e região

O inverno de 2025 trouxe não apenas temperaturas mais rigorosas, mas também um aumento expressivo nos casos de gripe em todo o estado de São Paulo — inclusive em Cotia e na Granja Viana. A combinação de baixa umidade do ar, ar frio e baixa adesão à vacinação criou o cenário ideal para a circulação mais agressiva do vírus influenza.

Em hospitais públicos e privados, o número de atendimentos por sintomas gripais disparou. Médicos relatam uma gripe mais intensa e prolongada, com febre alta, dores no corpo, cansaço extremo e congestão nasal severa. Casos que antes se resolviam em poucos dias agora exigem até duas semanas de recuperação — e, em situações mais graves, internação.

Além disso, o tempo seco típico desta época do ano, com umidade relativa do ar chegando a níveis críticos — abaixo dos 30% em alguns dias —, compromete as defesas naturais do sistema respiratório, aumentando o risco de infecções virais e crises respiratórias.

Sintomas que merecem atenção

Médicos alertam que é importante diferenciar a gripe de outras condições comuns no inverno:

Gripe (Influenza): febre alta, dores no corpo, mal-estar, tosse intensa, congestão nasal e fadiga. Pode evoluir para quadros pulmonares.
Resfriado comum: sintomas mais leves, como espirros, coriza, dor de garganta leve e febre baixa.
Rinite alérgica: espirros frequentes, coceira no nariz, coriza clara e obstrução nasal, sem febre.

Idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas são os mais vulneráveis. Em caso de febre persistente, falta de ar, cansaço extremo ou dificuldade para realizar atividades simples, é essencial procurar atendimento médico.

Tempo seco: mais que um incômodo, um risco

A Defesa Civil de São Paulo emitiu alertas de tempo seco para todo o estado, com recomendações de cuidados redobrados. Além de facilitar a disseminação de vírus, o ar seco e poluído também agrava quadros de asma, bronquite e outras doenças respiratórias, além de trazer riscos cardiovasculares e dermatológicos.

O ressecamento das mucosas nasais facilita a entrada de vírus e bactérias no organismo, como se a primeira barreira de proteção do corpo estivesse danificada.

Como se proteger:

Vacine-se! A adesão à vacina contra a gripe está abaixo de 40% no Brasil, muito distante da meta de 90%.
Hidrate-se bem: beba de 2 a 3 litros de água por dia.
Umidifique os ambientes: com umidificadores ou bacias com água. Evite uso contínuo para prevenir mofo.
Evite locais fechados e mal ventilados.
Lave bem as mãos e evite contato com mucosas após tocar em superfícies públicas.
Alimente-se bem, com frutas ricas em água (melancia, melão, laranja) e alimentos naturais.
Use soro fisiológico para umidificar as vias nasais e proteger os olhos.
Evite exercícios físicos intensos em horários de muito calor ou baixa umidade.

Monitoramento da qualidade do ar

Segundo a Cetesb, a qualidade do ar está moderada em boa parte da Grande São Paulo, mas a concentração de poluentes aumenta em dias secos, intensificando os riscos respiratórios — especialmente nas áreas mais urbanizadas de Cotia e entorno da Raposo Tavares.

Fique atento aos sinais do seu corpo e cuide-se!

Com o inverno ainda em curso, manter os cuidados é essencial para atravessar a estação com saúde. Redobre a atenção com os pequenos, os mais velhos e os que já têm algum histórico respiratório. A prevenção é o melhor caminho.