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Cotia no apagão, desespero, tédio e união

06/11/2023



A tempestade de sexta feira 3/11 fez um belo estrago. A força do vento ultrapassou a velocidade de 100 km/h.

Em Santos, chegou a 150 Km/h. Em todo o estado, o número de domicílios afetados em algum momento após a chuva chegou a 4,2 milhões. No final da segunda feira 06/11, mais de 60 horas depois, pelo menos 700 mil seguiam sem luz. 

Muitos bairros em Cotia ainda estão sem energia elétrica. O abastecimento de água também foi afetado em algumas regiões. As aulas foram suspensas na segunda 06/11 em todas as escolas municipais.

A Prefeitura de Cotia disse que está com toda a sua equipe de Defesa Civil nas ruas, com o apoio da Secretaria de Obras e Infraestrutura, “empenhada em atender as ocorrências relacionadas às chuvas de sexta-feira". 

Moradores criaram abaixo assinado exigindo providências da câmara municipal de Cotia no sentido de convocar a ENEL urgente para audiência pública na cidade de Cotia com participação popular.


Tédio & união

Em rápida passagem pelos shoppings da região no sábado, 07/11, o Site da Granja presenciou diversas pessoas sentadas no chão pelos cantos a procura de tomadas para carregarem seus celulares. Famílias inteiras reunidas em volta de uma tomada, com extensões (“réguas”). De acordo com o psicólogo Alexandre Augusto Corrêa, algumas pessoas podem desenvolver sintomas muito próximos aos do transtorno de ansiedade, como: taquicardia, sudorese, palpitação e perda de sono, quando passam algum tempo fora da rede. 

Por outro lado, a energia no Jardim Barbacena voltou graças a ajuda da vizinhança, alguns condomínios se uniram para retirar a árvore que seria de responsabilidade da defesa civil, pois a Enel disse que não poderia fazer nada enquanto aquela árvore caída não fosse retirada. A união venceu: a árvore foi retirada pelos vizinhos e a energia pode assim ser restabelecida.

Vento: O que aconteceu? Extremos climáticos

O ciclone extratropical formado na região sul, diz Adilson Nazário, técnico em meteorologia do CGE, teve pouca influência na instabilidade vista em São Paulo na sexta.

"Ele se formou mais ou menos na mesma hora em que começou a tempestade e não avançou para dentro do continente. Com a chegada da frente fria, como havia um acumulado de ar quente, foi como adicionar gasolina a uma fogueira em chamas”.

Segundo o colunista da Folha Josias de Souza, a ocorrência de diversos desastres naturais no Brasil em 2023 soa o alerta climático para que as autoridades saiam do escuro. Ele ironizou o "desconhecimento" dos governantes sobre o risco de haver um temporal como o que afetou São Paulo na última sexta.

A mais comentada

A italiana Enel comprou a antiga Eletropaulo em meados de 2018. Segundo relatório enviado aos investidores, em 2019, eram 23.835 funcionários. Em 2023, eram 15.366, sendo 3.863 empregados próprios da Enel SP e 11.503 terceirizados. Houve, portanto, corte de 40% na folha de pagamentos da própria Enel e redução de 34% nos terceirizados. Ao mesmo tempo, o número de clientes atendidos cresceu 7% só na Região Metropolitana de São Paulo. 

Assim, em 2019 a Enel SP tinha um empregado para cada grupo de 307 clientes. Hoje, cada funcionário trabalha para atender 511 consumidores.

Enel nega piora do serviço

Procurada, a Enel nega que tenha uma reação às emergências menos eficiente que no passado. “A companhia está com uma resposta de recuperação da rede mais efetiva do que em 2019”. Diz, ainda, que tem realizado investimento médio de R$ 1,3 bilhão por ano, contra média de R$ 800 milhões observada antes da chegada da empresa italiana. A empresa não respondeu diretamente  as questões sobre a redução do número de empregados.

Árvores & fios

Calçadas apertadas, poda malfeita, ventos fortes e fiação elétrica aérea.

Das sete mortes em decorrência das chuvas de sexta-feira (3), quatro estão diretamente ligadas a quedas de árvores. Para especialistas, o cenário é resultado de série de fatores que vão de falta de planejamento à má manutenção. É fato que os ventos foram os mais fortes já registrados pelo Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE) desde 1995, quando foi criado, impactando nas árvores.

Mas, para especialistas, mais do que uma fatalidade, este cenário é consequência de uma soma de fatores, e que atravessa várias gestões da Prefeitura. Veja os principais:

  1. Calçadas estreitas para árvores grandes;
  2. Árvores "doentes", com cupins ou fungos;
  3. Podas mal realizadas;
  4. Falta de acompanhamento da flora da cidade.

Enterramento de fios - dá pra responsabilizar a Enel?

A fiação elétrica é considerada uma das grandes vilãs. "A fiação elétrica aérea leva à mutilação de grande parte da floresta urbana em São Paulo", afirma o botânico e paisagista Ricardo Cardim Cardim. O paisagista defende que a fiação deveria ser enterrada. 

Alternativa adotada por outras grandes cidades, a fiação subterrânea foi aplicada em pouquíssimas áreas de São Paulo. De acordo com a Enel, apenas 6% dos 43 mil quilômetros de rede elétrica em sua área de concessão são enterrados.

Os custos elevados são o principal obstáculo para que os projetos avancem –a rede enterrada é 11 vezes mais cara que a aérea, de acordo com a distribuidora.

A engenheira elétrica Michele Rodrigues explica:

"O cabeamento também é mais caro. É como se fosse um cabeamento marítimo, porque muitas dessas subestações alagam com o tempo”, explica a professora.

Em 2005, uma lei em São Paulo estabeleceu que as concessionárias de energia e outros serviços via cabo, como telefonia e internet, enterrassem por conta própria 250 quilômetros lineares de rede por ano. A Justiça, porém, entendeu que o município não tem competência para legislar sobre o assunto, já que a concessão do serviço de distribuição de energia é federal.

"A gente observa, não só aqui em São Paulo, mas em nível nacional, é que não existe uma cultura da prevenção, existe uma cultura de tapar buracos", resume a professora universitária Marcella Boscolo, 35. 



Para falar com a Enel

Central de Relacionamento 0800 72 72 120.

Central de emergência 0800 72 72 196. 

Ouvidoria : 0800 72 73 110 (atendimento em dias úteis, das 8 horas às 18 horas).

Para falar com a Prefeitura 

Defesa Civil pelo número 199

Corpo de Bombeiros 193.


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