31/10/2012
Final de mandato e a Prefeitura de Cotia ainda enfrenta problemas na área da Saúde. No mês de outubro, vários funcionários contratados pelos Institutos conveniados Acqua e Vida, foram desligados de seus cargos. Os institutos, responsáveis pela contratação desses trabalhadores, e a prefeitura de Cotia ainda estão em negociação para redefinir como ficará sua situação.
A relação entre as ONGs e a administração já vinha apresentando desgastes por falta de pagamentos, o que resultou na paralisação de atividades por parte dos funcionários do Instituto Vida durante o mês de agosto. A Prefeitura informou estar realizando uma ampla reforma administrativa e ajuste fiscal, o que ocasionou mudanças no projeto objeto do Termo de Parceria. Tais mudanças, segundo a Secretaria de Saúde, visam oferecer mais qualidade aos serviços prestados ao público. Garantiu, no entanto que todos os funcionários serão mantidos, bem como os serviços de pronto-atendimento 24h, Policlínica, Caps, Cefor, UBS e postos de saúde da família.
Este ajuste fiscal, porém deixou muita gente com a pulga atrás da orelha, exemplo do vereador Toninho Kalunga (PT). Para ele, essa é uma situação de muita fragilidade, que envolve fatores políticos. Segundo Kalunga, a prefeitura está numa crise financeira gerada por causa dos esforços em ganhar a eleição. Como consequência, levou a cidade à falência e ao caos que atingiu setores como a Saúde.
Os institutos e a prefeitura de Cotia ainda estão em negociação para redefinir como ficará a situação dos trabalhadores e como serão remanejados os próximos funcionários.
Situação da Unidade Pq. São George
A Unidade do Pq. São George também sofreu algumas perdas no quadro de funcionários. No total, foram quatro demissões, um recepcionista e três agentes comunitários.
Essas demissões, segundo Mônica Marques, enfermeira responsável pela unidade, com certeza prejudicou o atendimento aos munícipes, principalmente por serem pessoas com funções diferentes.
"Já iniciamos trabalhos e projetos para um atendimento favorável à comunidade, e com a saída destes funcionários, todo este trabalho será prejudicado. Especialmente o dos agentes comunitários, veículos de ligação da unidade com a comunidade", diz ela. E completa: "São eles que conhecem o perfil da comunidade, eles trazem os fatores de risco, ou seja, trabalhamos baseados nas informações que os agentes trazem pra cá".
"Estamos nos organizando para tentar manter a mesma rotina de atividades desenvolvidas antes das demissões. A não ser a questão das visitas, que realmente ficaram comprometidas sem a figura dos agentes".
A Saúde, como se vê, anda bem mal das pernas...