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Granja Viana de luto. Por: Angela MirandaMafalda Croce, ou, simplesmente, Irmã Josefina.

13/06/2012








Por: Angela Miranda

Mafalda Croce, ou, simplesmente, Irmã Josefina. Foi assim que ela ficou conhecida aqui na Granja Viana. Pequenininha, magrinha, de aparência franzina e frágil. Só aparência. Irmã da ordem das Camilianas e enfermeira, Irmã Josefina chegou por estas bandas em 1955, convidada pelo proprietário da fazenda, Niso Vianna, que procurava alguém que pudesse dar aos seus empregados uma assistência social e religiosa, além de atendimento médico. Foi assim que, ao lado de outras irmãs, ela fez da Granja seu projeto de vida. Muitos granjeiros nasceram através de suas mãos. Esse relacionamento fazia com que ela e as outras as irmãs e os moradores formassem uma grande família.

Naquela época, tudo era meio improvisado. Precisava ser, pois havia muito trabalho para ser feito e as decisões tinham que ser tomadas sem perda de tempo. As emergências não eram raras e algumas vezes salvou vidas. Se alguém precisasse de algo, lá estava ela e Irmã Celina para socorrer, fosse de carro, charrete ou a pé. Para isso contavam com um grande aliado, José Conte, motorista do Dr. Niso Viana que ficava 24h à disposição delas. Se, por qualquer motivo, ele não pudesse acompanhá-las, lá iam elas, a pé mesmo, pelas estradinhas da Granja, no meio da poeira ou da lama, fizesse chuva ou sol. Além de medicamentos elas levavam conforto, uma palavra amiga. Muitas pessoas vinham de longe, de outras fazendas pedir a sua ajuda.

O tempo passou, a Granja cresceu e Irmã Josefina, apesar de um sério problema na coluna, não se afastou da comunidade. Durante muitos anos, as pessoas as viam a bordo de um fusquinha branco, para lá e para cá, atendendo pacientes, levando remédios, fazendo um papel social. Afastada, Mafalda Croce, ou, simplesmente, a Irmã Josefina, deve ser lembrada com carinho e respeito, tanto pelos moradores que tiveram o privilégio de conviver com ela como por aqueles que não chegaram a conhece-la. Obrigada, Irmã Josefina. A história da Granja tem, em todos os seus capítulos, o seu nome.


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