13/07/2022
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Mapa inédito lançado no último dia 8 mostra que as cidades da região são medianas em relação ao cumprimento dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) estipulados pela Organização das Nações Unidas – ONU, que foi aderido pelo Brasil e consequente mente por todas as cidades que dele fazem parte.
O estudo, elaborado pelo Instituto Cidades Sustentáveis avaliou a situação dos 5.570 municípios brasileiros na erradicação da fome e da pobreza, saúde e educação de qualidade, igualdade de gênero e proteção à vida marinha.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos das Nações Unidas para o cumprimento da Agenda 2030 no Brasil.
A Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) surgiram em 2015 como um grande pacto supranacional para o enfrentamento dos principais desafios globais, assinado por autoridades dos 193 Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), incluindo o Brasil. O acordo logo se apresentou como uma ambiciosa agenda comum para nações de todos os continentes.
O cumprimento da Agenda 2030 requer a participação ativa de todos – governos, sociedade civil e setor privado. No entanto, o aspecto abrangente e integrado dos 17 objetivos e 169 metas, necessário para estabelecer um conjunto de ações para países com realidades muito distintas, trouxe um desafio a mais para as cidades de modo geral, no Brasil e no mundo.
O estudo classificou as cidades pela pontuação geral, que mede o progresso total para o cumprimento de todos os 17 ODS. A pontuação varia de zero a 100, sendo que 100 é o limite máximo e indica um desempenho ótimo no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
A cidade campeã do Brasil no cumprimento das ODS foi São Caetano do Sul, com 65,62 pontos, seguida por Jundiaí (65,44) e Valinhos (65,16). A capital paulista ocupa a 32a. posição no ranking nacional com 62,62 pontos.
Na região, nenhuma cidade obteve mais de 60 pontos. A melhor colocada foi Barueri, na 176ª posição nacional e 59,06 pontos. Cotia aparece na 541ª posição no ranking nacional com 55,82 pontos e Carapicuíba está na 1.729ª colocação, com 49,82 pontos. Veja na tabela abaixo a classificação das cidades da região.
No estudo é possível ver a situação detalhada de cada cidade brasileira e saber como cada uma se classifica no cumprimento dos 17 ODS (nas imagens acima, veja a lista completa com os 17 ODS). Cotia, por exemplo, atingiu os objetivos apenas nos itens Energias Renováveis e Acessíveis (garantia de acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos, ODS 7) e Indústria, Inovação e Infraestrutura (construção de infraestrutura resiliente, promoção da industrialização inclusiva e sustentável, e fomento a inovação, ODS 9). Mas deixa de cumprir os objetivos em itens importantes, como Educação e Saúde de Qualidade, redução das desigualdades e igualdade de gênero, por exemplo.
Erradicação da pobreza e da fome, além de saneamento básico para toda a população estão entre os desafios da cidade de Cotia.
Quando avaliado o desempenho da cidade em cada um das ODS separadamente, o item Vida na Água, que diz respeito à conservação e uso sustentável dos recursos hídricos, cujo indicador é esgoto tratado antes de chegar aos rios e córregos, é o pior desempenho de Cotia e o maior desafio da cidade, que cumpriu até então apenas 18,59% da meta. Vale dizer que nesse item especificamente, a companhia de Saneamento Básico – Sabesp, que atende a cidade e região, tem sua parcela de responsabilidade, uma vez que cabe a ela universalizar o sistema de coleta e tratamento de esgoto na cidade.
Já Barueri, a cidade melhor classificada da região, cumpriu a meta em 3 dos 17 ODS. Além das ODS 7 e 9 como Cotia, a cidade cumpre a meta da ODS 17, Parcerias para implementação das ODS, cujo indicador é investimento público para fortalecimento da parceria global no desenvolvimento sustentável.
Em Carapicuíba, a lanterninha da região, os desafios são bem maiores. A cidade cumpre apenas uma das ODS e 9 dos 17 Objetivos estão no vermelho, o que significa grandes desafios para atingir a meta.
Jorge Abrahão, coordenador do Instituto Cidades Sustentáveis, em entrevista ao G1, afirmou que o panorama de cada local é consequência do saldo de problemas solucionados ou acumulados nos últimos anos por diferentes gestões públicas.
"O fato de uma cidade estar em uma determinada posição, na verdade, é resultado de décadas que vêm sendo acumuladas de alguns problemas e de algumas coisas que são solucionadas. Portanto, não é um dedo apontado para o atual gestor. Agora, essa fotografia das cidades pode ser encarada como uma oportunidade de o atual gestor avançar e melhorar a cidade dentro da sua gestão".
1º - São Caetano do Sul – 65,62
2º Jundiaí – 65, 44
3º Valinhos – 65.16
176º - Barueri – 59,06
446º - Osasco – 56,41
533º - Vargem Grande Paulista – 55,86
541º - Cotia – 55,82
1.283º - Itapevi – 51,59
1.341º - Embu das Artes – 51,31
1.729º - Carapicuíba – 49,82
Para conhecer o Estudo completo e o desempenho das cidades: Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades
(Sonia Marques)
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