TELEFONE E WHATSAPP 9 8266 8541 | Quem Somos | Anuncie Já | Fale Conosco              
sitedagranja
| Newsletter

ASSINE NOSSA
NEWSLETTER

Receba nosso informativo semanal


Aceito os termos do site.


| Anuncie | Notificações
Voltar

Lançamento de Abaixo Assinado alerta para mais uma ameaça ambiental em Cotia e região

02/10/2025


Mauricio Orth


Oleoduto projetado rasgará florestas e provocará desapropriações

A Petrobrás planeja construir um oleoduto de 137 km interligando Barueri a Cubatão.  Ele atravessará Cotia e toda a Região Sudoeste da RMSP (Região Metropolitana de São Paulo), em um trecho majoritariamente coberto por Mata Atlântica, ameaçando florestas, rios e áreas protegidas em 13 cidades do Estado de SP, incluindo, Embu das Artes, Embu-Guaçu e São Roque. 

Abaixo-assinado

Segundo o texto do abaixo-assinado promovido pela  ONG Preservar Ambiental, o projeto prevê a desapropriação de 2,5 milhões de m²,  afetando 583 propriedades. O trajeto  proposto terá impacto direto na Reserva Florestal do Morro Grande, uma importante área de Mata Atlântica que totaliza um terço da área de Cotia, ao não respeitar sua Zona de Amortecimento.  Ele colocará também em risco o abastecimento de água de mais de 5 milhões de pessoas, atingindo os rios Embu-Guaçu, Embu-Mirim e Sorocamirim.

Acidentes acontecem

Em 2001, um duto da Petrobrás estourou em pleno horário de almoço e transformou um condomínio de luxo em Barueri numa cena improvável: chuva de óleo caindo sobre casas e ruas. Pelo menos seis residências foram atingidas pela substância, que também escorreu para o córrego Cachoeirinha e o rio Tietê. Na época, estimou-se que entre 30 mil e 100 mil litros tenham vazado em meia hora.

Roubos acontecem

A chamada trepanação de oleodutos — perfuração criminosa de tubulações para roubo de petróleo e derivados — virou um problema global que mistura crime organizado, desastres ambientais e prejuízos bilionários. O caso mais chocante aconteceu no México em 2019, quando um duto da Pemex explodiu e matou dezenas de pessoas que tentavam coletar combustível do vazamento. No Brasil, episódios se multiplicam: em 2020, uma tentativa no Paraná provocou vazamento em São José dos Pinhais; em 2022, a polícia flagrou quadrilhas desviando 60 mil litros em Ituverava (SP); e, em 2025, investigações no Rio de Janeiro revelaram até redes subterrâneas clandestinas com mangueiras e válvulas camufladas. Os impactos vão muito além do roubo em si: o óleo derramado contamina solo, rios, mares e lençóis freáticos, ameaça a fauna e flora, paralisa a pesca e coloca em risco comunidades inteiras que vivem próximas. Como se não bastasse, o crime ainda fortalece organizações criminosas. 

Julio Barreto, então gerente geral de Operação de Proteção de Dutos da Petrobrás/Transpetro afirmou em entrevista concedida em 2021 ao Instituto Combustível Legal: “É um tipo de crime que pode trazer consequências gravíssimas para a população que vive próxima às faixas de dutos. Existem dezenas de acidentes com vazamentos de grandes proporções. Um único acidente chegou a provocar dezenas de mortes”, ressalta Barreto referindo-se à tragédia do México.

Da frigideira ao fogo

Embora pareça mais simples botar caminhões na estrada, especialistas lembram que transportar petróleo sobre rodas é muito mais arriscado que por oleodutos. Nas rodovias, acidentes são frequentes. Some-se a isso o desgaste da frota e os roubos de carga, que aumentam ainda mais o perigo. Já os oleodutos, apesar de serem considerados mais seguros, não estão livres de problemas, como visto aqui. Na comparação, os caminhões ganham em flexibilidade e custo para distâncias curtas, mas perdem de longe em segurança; os oleodutos, por sua vez, têm investimento alto e pouca mobilidade, mas oferecem menor risco à vida humana — desde que bem mantidos.

Transportar é preciso?

Apesar da fama de ter uma matriz energética “limpa”, o Brasil ainda depende bastante de combustíveis fósseis — especialmente no transporte rodoviário e na geração de energia em períodos de seca. Em 2024, a indústria usou 64,4% de renováveis, mas petróleo, gás e carvão seguem fortes, sustentados inclusive por 82% dos subsídios governamentais destinados ao setor energético. O resultado pesa no bolso e no planeta: diesel e gasolina mantêm o trânsito carregado de poluição. Além disso, os fósseis são os principais responsáveis pelas emissões de Carbono que aceleram as mudanças climáticas, intensificando secas, enchentes e outros eventos extremos, como o desastre no Rio Grande do Sul em 2024. Soma-se a isso à nova ameaça da exploração em áreas sensíveis como a foz do Amazonas.

Trio Parada Dura

Fica claro que o país (e o Mundo) ainda precisa rever sua dependência do velho trio fóssil: petróleo, gás natural e carvão mineral. Os três combustíveis compartilham a mesma origem fóssil e ainda são as principais fontes de energia usadas globalmente. 

Em tempos de COP 30

Apesar dos discursos inflamados nas conferências climáticas, o mundo segue agarrado ao trio. Na COP28 (2023), os países chegaram a um marco histórico ao citar pela primeira vez a necessidade de transição para o fim dos combustíveis fósseis. Mas a euforia durou pouco: na COP29 (2024), a ausência de metas mais duras foi vista como um retrocesso. Enquanto isso, a realidade mostra um abismo entre promessas e prática: governos planejam produzir em 2025 mais do que o dobro do volume de fósseis permitido para se tentar manter o aquecimento global em 1,5°C, segundo relatórios recentes. No Brasil, por exemplo, a Petrobrás ainda é peça central da produção nacional e quer expandir. Além disso, subsídios bilionários seguem sustentando o trio, atrasando a transição para fontes limpas. O resultado é uma contradição gritante: países reconhecem a urgência da crise climática, mas seguem dependentes da infraestrutura fóssil e da pressão da indústria. Enquanto países em desenvolvimento pedem apoio financeiro para migrar, os ricos são cobrados a dar o exemplo.

Promoção do Abaixo-Assinado

Junto à Preservar, as entidades que estão articulando esse movimento são: Seae de Embu das Artes, a Sapitu de São Roque, a Sabrac do Caputera (Embu/Cotia), o Contorno Multicultural de Embu-Guaçu e a Recicla Vera Cruz, também de Itapecerica da Serra. Saiba mais sobre o abaixo Assinado organizado pela Preservar clicando aqui

A Preservar Ambiental é uma Organização não governamental (ONG), sediada em Itapecerica da Serra-SP  que luta pela preservação do meio ambiente no Sudoeste da RMSP.


Notícias Relacionadas:


 
TENHA NOSSAS NOTÍCIAS DIRETO NO WHATSAPP, CLIQUE AQUI.

Pesquisar




X





































© SITE DA GRANJA. TELEFONE E WHATSAPP 9 8266 8541 INFO@GRANJAVIANA.COM.BR