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Reação ao ‘Nova Raposo’ gera encontro com 90 entidades contra o projeto da Raposo Tavares

09/05/2024


Com consultas públicas esvaziadas na fase de elaboração, o projeto que instala seis pedágios em área urbana da Rodovia Raposo Tavares no trecho entre São Paulo e Cotia, prevê também a supressão de milhares de árvores e a inclusão de viadutos transferindo o impacto do volume do tráfego da chegada a SP para a Marginal Pinheiros.

Pelas suas características, ele é criticado por mais 90 entidades da Sociedade Civil e por moradores sujeitos a desapropriações, que fundaram o Movimento “Nova Raposo Não” para conter o avanço de mais uma privatização do Governo de SP. O primeiro encontro foi sábado, 04, no Colégio Giordano Bruno que fica na Raposo Tavares. O Site da Granja esteve presente.


As opiniões

A advogada Renata Esteves, moradora do City Butantã e assessora jurídica do Movimento Defenda São Paulo, acha que um projeto dessa dimensão deveria ter consultado a população que será impactada: “Não houve participação social na elaboração do projeto e não houve debates com a população, o que desobedece as diretrizes do Estatuto da Cidade”, diz a advogada, citando a Lei 10.257/2001 (artigos 2º, inciso II, e 43, II), que fala da obrigatoriedade da participação social desde o planejamento e com debates e audiências públicas.

A Rodovia Raposo Tavares, que nesse percurso está totalmente urbanizada, já ganhou o status de Avenida Raposo Tavares. “Pra começar, é uma avenida ou uma rodovia? Esperamos por anos melhorias na Raposo entre Cotia e SP e fomos pegos de surpresa por um projeto fora dos padrões atuais, declara Fabiane Stoll, empresária na Granja Viana. Ela observa: “O projeto não se preocupa com o coletivo, não prevê faixa de ônibus, metrô, trem... Nem faixa exclusiva para motos. Hoje temos em média 2 acidentes por dia, ocasionando quilômetros de congestionamento e perda de vidas. É obsoleto, não tem nada a ver com os anseios de quem mora e usa a Raposo todos os dias. Uma aberração, estamos incentivando o aumento de carros em uma cidade já colapsada.”

Para Wladimir Bordoni, morador do bairro City Butantã, engenheiro de transporte e tráfego que trabalhou por mais de sete anos na CET, um dos maiores equívocos do projeto é estimular ainda mais a rodovia Raposo Tavares para acessar áreas centrais da cidade, piorando locais já congestionados, como a avenida Pedroso de Moraes, ponte Eusébio Matoso e Marginal. “Além de um transporte público de massa, o certo seria investir na segurança e fluidez do Rodoanel, justamente para descongestionar os bairros”, avalia.

Fabíola Lago, moradora do Butantã, coordenadora da “Rede Ambiental Butantã” e do Movimento “Nova Raposo Não”, observa: “Não houve discussão ampla com participação popular, sem estudos dos impactos socioambientais e econômicos da concessão. Milhares de desapropriações de imóveis, supressão de milhares de árvores, sem falar em anos e anos de obra na Raposo por um projeto que não vai solucionar o trânsito, vai piorar, um consenso entre especialistas”. E prossegue: "Tiveram duas Audiências Públicas esvaziadas e divulgadas no Diário Oficial. Quem lê o Diário Oficial?" 

"No projeto chamado Nova Raposo, vão transferir o que é público para iniciativa privada, cobrando pedágios, desapropriando áreas onde há escolas, indústrias, comércios e serviços. Não podemos esquecer também da estrada da Roselândia e do trecho que interliga Cotia e Embu das Artes, onde além de pedágios, ocorrerão impactos ambientais, sociais e econômicos. Acredito que com todos esses pedágios, a região da Granja Viana e da Estrada Fernando Nobre serão as rotas de fugas mais usadas.”, disse Alex da Força, que esteve presente na reunião.

A urbanista Joana Zukerman, moradora recente da Granja Viana, também se opõe ao projeto Nova Raposo da forma como está colocado. “Existem pessoas, empresas, comércios e empregos às margens da rodovia. Isso irá resolver desapropriando 1 milhão de metros quadrados para atender o projeto do Governo do Estado? Não é requentando um projeto de uma concessionária de 10 anos atrás que iremos resolver o problema.” 

Em Cotia

Vereadores de Cotia criaram recentemente uma Frente Parlamentar contra o Projeto Nova Raposo e promoverá encontro em 29/05/2024 às 19h na Câmara Municipal para ouvir a população.

Para uma matéria recente sobre o assunto, o portal UOL procurou as prefeituras de SP e Cotia atrás de  informações. A assessoria de São Paulo não retornou e a de Cotia respondeu: "O pré-projeto incorpora todas as propostas feitas pela gestão". O Site da Granja perguntou à prefeitura quais eram essas propostas: “As propostas apresentadas pelo município são as que estão disponíveis no site da Prefeitura de Cotia (link de maio de 2019 - N. do E.). Destacamos que estas propostas foram alvos de estudos realizados pela Prefeitura. A municipalidade segue na expectativa de que possam ser executadas pelo governo estadual.”

Projetos Diferentes 

Em rápida análise, fica evidente que o projeto Nova Raposo não contempla as propostas da prefeitura. A diferença que chama mais atenção é a inclusão de praças de pedágio, inexistente no projeto anterior. Diversas alças e transposições de lado da Rodovia Raposo Tavares também foram descartadas. Diante das evidentes diferenças entre os projetos, o Site da Granja pediu um posicionamento do município frente ao atual projeto Nova Raposo, que assim respondeu através da Secretaria de Comunicação: 

“Não temos nada a ver com a questão dos pedágios. O município propõe intervenções viárias que deverão impactar positivamente no viário. Como se trata de um projeto estadual, as propostas sugeridas pela Prefeitura poderão ser alteradas."

Aqui algumas opiniões de pessoas da região sobre o projeto Nova Raposo, confira: 


“O que precisamos na Raposo Tavares não é pista expressa, ninguém precisa andar a 120 km/h numa avenida. Precisamos sim, de qualidade de vida!” Soraia Antunes, executiva de Recursos Humanos


“A avenida Raposo Tavares não é mais rodovia há uns 20 anos, precisamos de uma avenida humanizada, com faixa exclusiva de ônibus e motos, ciclovias, calçada para pedestres, iluminação em toda a extensão da avenida Raposo Tavares, preservação e ampliação das áreas verdes do entorno da avenida.” Cristina Brasil, influencer, empreendedora e ativista


“Não há discussão ampla com escuta verdadeira.  Esse é o primeiro passo para então começar a licitação . Não dá para resolver a questão da mobilidade de 1 milhão de pessoas em 15 dias sem estudos dos impactos. Decisões arbitrárias que só favorecem os interesses econômicos e não a população”. Claudia Ribeiro, jornalista 


“A concessão é para 30 anos! O trecho já é urbanizado desde que me lembro. Um projeto para hoje ou para o futuro? As soluções são para resolver a mobilidade ou resolver a questão financeira para alguma concessionária?” Davi Azevedo, universitário de 19 anos


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