01/05/2025
A Síndrome de Burnout é uma realidade crescente em ambientes profissionais. Em um mundo que valoriza mais a produtividade do que o bem-estar, muitos chegam ao esgotamento físico e mental sem perceberem o quanto estão adoecidos.
Desde 2022, a OMS reconhece o burnout como um fenômeno ligado ao trabalho, não como transtorno mental primário. Ele surge da exposição contínua ao estresse crônico — fruto de ambientes com cobranças excessivas, insegurança, falta de reconhecimento e normalização da exaustão.
A palavra “burnout” significa “queimar até apagar”. E é exatamente isso que ocorre quando ignoramos nossos limites.
- Estabeleça e comunique limites: dizer “não” a uma demanda abusiva pode ser difícil, mas é um ato de preservação — e também de transformação. Verbalizar fronteiras ajuda a criar ambientes mais humanos e pode até gerar reconhecimento e valorização profissional. Muitas lideranças só percebem que há um limite quando ele é claramente colocado. Cada pessoa que se posiciona contribui para mudar a cultura organizacional.
- Busque apoio: conversar com colegas, lideranças de confiança ou recorrer à terapia fortalece a resistência e a clareza emocional.
- Documente: manter registros — e-mails, anotações, conversas — é estratégia de proteção e reflexão para decisões futuras.
É preciso lembrar: seres humanos não são descartáveis. Ambientes que adoecem sistematicamente seus profissionais não constroem saúde mental nem resultados sustentáveis.
Pouco se fala que o burnout pode ser também um ponto de virada. Às vezes, ele é o empurrão necessário para uma mudança profunda — seja interna (postura, posicionamento), seja externa (nova carreira, novo estilo de vida).
Crises forçam a criatividade, revelam talentos soterrados e nos levam a reencontrar o que realmente importa. Mas a transformação não precisa ser caótica: pode ser construída com consciência e planejamento.
Sim, mudanças são desafiadoras. Mas onde há risco constante à saúde, não há verdadeira estabilidade. Encarar a crise com coragem pode evitar danos irreversíveis e abrir caminho para uma vida mais livre e significativa.
Cuidar da saúde mental é também um compromisso com o futuro. Que tal começar hoje?